Revista Sniffin’ Glue publica a primeira edição

Há 40 anos… dia 13 de julho de 1976.

Revista Sniffin' Glue publica a primeira edição

Londres, algum momento de 1977, Roxy, um dos templos do “recém-nascido” punk inglês.

No palco, Paul Weller, vocalista do The Jam. Puto, preocupado e com um panfleto nas mãos. Diz não estar nem um pouco feliz com algo escrito ali, sobre ele e sua banda. Fala mais um pouco, solta alguns palavrões e… põe fogo no panfleto! Logo vem a imagem de Hendrix e sua Fender em chamas…

Bem, o tal panfleto era, na verdade, um número da Sniffin’ Glue, que celebra 40 anos neste 13 de julho, Dia do Rock!

A historinha contada por Peter Silverton em excelente reportagem do Independentlink abaixo – dá a medida da importância da revista criada e lançada por Mark Perry há exatas quatro décadas.

“Mark teve a energia visceral para fazer um registro visual de punk. É jornalismo punk. É o único fanzine que todo mundo conhece”, diz Toby Mott, curador de um painel realizado em maio deste ano sobre a Sniffin’ Glue, no Instituto de Arte Contemporânea, em Londres.

Jornalismo punk, mesmo. Do nome, tirado de “Now I Wanna Sniff Some Glue”, faixa do primeiro disco dos Ramones (brilhantemente celebrado no post do amigo Bruno Fiuza!), até a produção e a distribuição. Perry fez tudo (quase) sozinho (teve ajuda fundamental de Danny Baker) e em casa, no melhor estilo DIY (do it yourself). Detalhe: com uma máquina de escrever de brinquedo! Sim, de brinquedo.

“…Perry digitou seus pensamentos em uma máquina de escrever de plástico, quase um brinquedo, e levou as páginas até uma loja de fotocópias local. Imprimiu tantas cópias quanto podia bancar, grampeou e as vendeu em shows – ao todo, talvez 100 cópias. Bem ao estilo da época, deu a si mesmo um codinome: Ballardian Mark P. Aquele seu pequeno fanzine xerocado foi a personificação impressa da heroica e grandiosa era do punk. Foram apenas 12 edições – a última em julho de 1977 – mas a Sniffin ‘Glue registrou, em papel, toda a era, do Sex Pistols em Nashville até a assinatura do The Clash com uma grande gravadora, a CBS. Depois disso veio o declínio, a queda, etc. etc. Para os crentes, de qualquer maneira”, resume o artigo do Independent.

De qualidade jornalística duvidosa – admitida pelo próprio Perry -, é inegável que a revista foi um símbolo do punk, principalmente inglês.

“A Sniffin ‘Glue era primitiva, mas opinativa, oferecendo uma voz alternativa crucial em relação aos regulares jornais de música (a maioria, aliás, atrasada para cobrir a ascensão do punk), em momento em que nenhum estava disponível”, diz texto do Guardian sobre o fanzine – link abaixo.

Jornalismo punk. Assim foi a efêmera, porém, histórica Sniffin ‘Glue.

Punk e jornalismo, aliás, seguem vivos, apesar de apressados e errôneos obituários.

Mark Perry fala sobre a Sniffin’ Glue:

Fontes e +MAIS:

Wikipedia

Wikipédia

– zinewiki.com

– theguardian.com

– independent.co.uk

– punkjourney.com

– ijamming.net

 

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