Há 40 anos… dia 27 de janeiro de 1977.
“Punk died the day the Clash signed to CBS.”
“O punk morreu no dia em que o Clash assinou com a CBS”, disse Mark Perry, fundador, redator, editor e faz-tudo da revista Sniffin’ Glue (falamos dela em 2016, aqui!). Posteriormente, Perry diria que essa tinha sido sua “grande citação”.
Exageradamente apocalítpica, a premonição de Perry faz certo sentido hoje, com a tranquilidade que só o passar dos anos nos dá para a análise do passado.
Mas a história sobre como a CBS Records teve sua cota de responsabilidade na “morte” do punk (se é que ele morreu mesmo, né?) fica para uma tese de mestrado e pra outro dia…
O fato é que, quatro décadas atrás, Joe Strummer, Mick Jones e Paul Simonon deixaram suas assinaturas no papel e firmaram acordo com o braço britânico da gravadora americana.
Uma trama bem costurada pelo empresário Bernard Rhodes – outro “vilão” na conturbada estrada da banda.
Conta o site PopMatters (link abaixo):
“Em 27 de janeiro, Joe, Mick Jones e Paul Simonon foram pegos em um táxi a caminho do que acreditavam ser seu destino, os escritórios da Polydor Records – Chris Parry, da Polydor, oferecera £ 25.000, mais todos os custos de gravação. Mas o táxi tomou um caminho diferente: sem que Bernie Rhodes lhes tivesse dito isso, eles estavam se dirigindo mais para baixo da Oxford Street, para a sede da CBS, na Soho Square, onde Bernie conseguira transformar a oferta de Oberstein em um acordo somente para o Clash (obs.: sem o Sex Pistols!). Bernie disse aos membros do grupo que a CBS lhes havia prometido ‘liberdade artística; mas certamente era financeiramente mais vantajoso para Bernie que ele pudesse tirar seus 20% das £ 100.000, em vez dos £ 25.000 por fora da Polydor – embora o percentual de Bernie fosse comer o dinheiro destinado a custos de gravação, parte do pacote da CBS. O negócio foi realmente fechado com formulário de contrato da Polydor, em que o nome ‘Polydor’ foi riscado e substituído por ‘CBS’.”
Exatos 14 dias depois, em 10 de fevereiro de 1977, o Clash entrava nos estúdios da gravadora para iniciar a produção do álbum de estreia, lançado em abril daquele ano.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Foto: cartaz do show na noite de gala da inauguração do lendário The Roxy, em 1º de janeiro.
“Remote Control”, single do primeiro disco:
Fontes e +MAIS: