Há 15 anos… dia 26 de janeiro de 2002.
Jennifer Maria Capriati foi uma menina prodígio do tênis.
Até hoje, passados mais de 10 anos do fim da brilhante carreira, a americana de Nova York detém recordes inequívocos sobre o fenômeno precoce que foi.
A estreia profissional aconteceu aos 13 anos e 11 meses de idade.
Foi às decisões de dois dos três primeiros torneios que disputou (perdeu para Sabatini e Navratilova), até hoje a mais jovem tenista a chegar a uma final entre as pros.
Em seu debute no saibro sagrado de Roland Garros, chegou às semifinais, fase em que foi superada pela futura campeã Monica Seles. Um recorde imbatível.
No final daquele ano de 1990, conquistou a primeira taça, em Porto Rico, e se tornou a mais jovem a figurar no Top 10. Outro recorde jamais superado.
Depois da bonança inicial, que teve o ápice com o ouro na Olimpíada de Barcelona-92, veio a tempestade. Teve queda de rendimento e decidiu deixar o tênis de lado quando foi derrotada na primeira rodada do US Open, em 1993. Teve problemas por acusação de furto e de posse de maconha, chegando até a ser presa.
Voltou às quadras em 1996 e à velha – ou antiga – forma a partir de 1999. Em 2001 e 2002, conquistaria seus três troféus de Grand Slam. O último, do Australian Open, há exatos 15 anos, veio com a marca registrada de Jennifer: recorde.
Em 26 de janeiro de 2002, ela teve atuação histórica para uma virada improvável diante da suíça Martina Hingis – aliás, até hoje a mais jovem a conquistar um Grand Slam (tinha 16 anos e 3 meses quando venceu o Australian Open de 1997).
Para conquistar a taça na Terra do Canguru pela segunda vez consecutiva, a americana salvou nada mais nada menos que quatro match points de Martina. Um a mais do que Margaret Smith no título do Aberto da França, em 1962, e mais um recorde para a coleção de Jennifer Capriati.
“Realmente, não sei como venci. Só me mantive lutando, ponto após ponto, e as coisas aconteceram”, tentou explicar, após a incrível vitória por 2 sets a 1, com parciais de 4-6, 7-6(9-7 no tie-break) e 6-2.
O calor talvez explique o triunfo da americana. A temperatura de 35° C castigou mais Martina do que Jennifer em Melbourne. No terceiro e último set, quando a nova-iorquina abriu 5 a 1 de vantagem, a suíça também chegou a ser atendida pelos médicos por problemas na coxa.
Depois da última grande glória na Austrália, Jennifer Capriati venceria seu derradeiro troféu em 2003, em New Haven, Estados Unidos, e se aposentaria no final do ano seguinte.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Melhores momentos da final:
Fontes e +MAIS:
– espn.com