Há 50 anos… dia 12 de julho de 1966.
40 jogos, 36 vitórias e 4 empates. 0 derrotas. ZE-RO.
Pelé & Garrincha. Edson & Manoel.
O Rei do Futebol e o Anjo das Pernas Tortas.
Jamais haverá dupla igual no futebol.
Há cinco décadas, eles fizeram o último jogo juntos pela seleção brasileira.
Era a estreia canarinho na Copa do Mundo de 1966. Adversário: Bulgária, o mesmo da primeira vez deles, em um amistoso pré-Copa de 1958, no Pacaembu (3 a 1 para o Brasil, dois de Pelé e um de Pepe).
Oito anos depois, já bicampeã mundial, a dupla entrava em campo para liderar a seleção rumo ao Tri na Inglaterra. A terceira taça, como sabemos, não veio…
Mas a primeira partida até deu certa esperança. Brasil 2 x 0 Bulgária. Um gol de Pelé, outro de Mané! Os dois de falta. A atuação não foi das melhores, como se lê nas reportagens de arquivo de Folha e Estadão – links abaixo.
No jornal da família Frias, por exemplo, o enviado especial Aroldo Chiorino exalta a estrutura tática do time de Vicente Feola, ressaltando que soube ter paciência contra a retranca búlgara, mas pega no pé do ponta-direita brasileiro: “Fraco no 1º tempo, pior no 2º, quando perdeu sempre as jogadas para Gaganelov”.
Realmente, à essa altura, Garrincha já não era mais o mesmo e nem vestia mais a “sua” camisa 7, mas a 16. Os joelhos e o vício cada vez maior pelo álcool estavam vencendo o gênio dos dribles improváveis. Apesar disso, ele deixou o dele, aos 17 da etapa final, em petardo de falta que entrou no ângulo de Naidenov.
Já Pelé recebe elogios rasgados de Chiorino: “Perigoso e genial, apesar de visado por toda a defesa búlgara; poupou-se algo, contudo”. O Rei abriu o placar para o Brasil, aos 12, em tiro rasteiro de falta que Naidenov aceitou.
A Copa de 1966 ficaria marcada pelo fracasso brasileiro dentro e fora de campo. Uma convocação confusa de um técnico ultrapassado, jogadores envelhecidos, Pelé contundido, Garrincha em seu ocaso, João Havelange preocupado com política… Enfim, uma soma de erros fez a seleção naufragar em terras inglesas.
Depois da estreia, derrota por 3 a 1 para a Hungria (sem Pelé e com Mané) e novo revés por 3 a 1 para a Portugal de Eusébio e Cia. (com Pelé e sem Mané) selariam o caminho de volta pra casa.
O gol de falta contra a Bulgária foi o 12º e último de Garrincha em 50 jogos pela seleção. Pelé ainda faria mais 20, totalizando 77 em 91 partidas com a camisa amarela. O Rei se consagraria em mais um título mundial, o Tri no México, em 1970.
Pelé & Garrincha se reencontrariam novamente em amistoso que marcou a despedida de Mané do Brasil, em 1973, no Maracanã. O Rei marcaria um golaço em homenagem ao seu melhor parceiro de seleção.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Melhores momentos e gols do jogo:
Fontes e +MAIS:
– fifa.com
– Livro Todos os jogos do Brasil – vários autores
O mais importante é o começo Mané Garrincha. Joob