Há 50 anos… dia 17 de outubro de 1967.
Era de Aquarius, contracultura, Guerra do Vietnã, sexo, drogas e rock and roll.
Um musical poderoso, polêmico e inovador. Um sucesso imediato.
Escrito por James Rado e Gerome Ragni, com direção de Tom O’Horgan, coreografia de Julie Arenal e música de Galt MacDermot, “Hair” arrebatou os Estados Unidos desde a estreia, em 17 de outubro de 1967, no Public Theater, em Nova York. Seis meses depois, aterrissou na Broadway e lá ficou até 1972, com 1750 apresentações, sempre lotadas.
O trecho que abre o post sobre a estreia do mítico musical aqui no Brasil está correto. Com um pequeno “porém”. Ou dois!
Não foi “um sucesso imediato” e nem “arrebatou os Estados Unidos desde a estreia”.
Retificando um pouco, o musical escrito por James Rado e Gerome Ragni, com direção de Tom O’Horgan, coreografia de Julie Arenal e música de Galt MacDermot capturou, sim, de imediato, o público. A crítica até foi simpática, mas não arrebatada.
Em resenha do New York Times de 30 de outubro, Clive Barnes deu nota máxima ao esforço e à atitude de elenco e direção, mas criticou, ainda que levemente, a realização.
Pontuou as boas intenções de “Hair”, “uma tentativa sincera de sacudir e inserir o musical norte-americano na década de 1960”, porém o condenou como “simplesmente muito bom”. Barnes se dobrou quando o musical foi para a Broadway, onde, de fato, arrebatou. Ou “lacrou”, como dizem hoje!
Na contramão de Barnes, teve gente que se encantou com a produção Off-Broadway. Michael Butler, empresário de Chicago que pretendia entrar na política, ficou curioso com o anúncio do musical e resolveu assistir. Foi completamente raptado pela mistura de contracultura e psicodelia, além do clássico trinômio (sexo, drogas e rock and roll).
Dois meses depois, bancado pela grana de Butler, “Hair” foi para uma discoteca na Broadway, onde permaneceu por 45 dias.
Mais alguns meses e, enfim, a Era de Aquarius tomou conta do Biltmore Theatre.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Algumas músicas originais da produção Off-Bradway:
Fontes e +MAIS: