Há 10 anos… dia 6 de junho de 2006.
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Ele foi um entre poucos a receber o famoso selo de “Quinto Beatle”.
A contribuição durante as sessões de “Get Back” foi tão valiosa que ele acabou presenteado com o nome nos créditos do single: The Beatles with Billy Preston. Só ele e Tony Sheridan mereceram essa honra.
John até sugeriu incluí-lo na banda, de verdade. Mais do que a preciosa colaboração musical, ele foi importantíssimo para aliviar as tensões quase insuportáveis dentro do quarteto, à essa altura já à beira do fim.
“Billy foi um músico e um ser humano incrível, e que fará falta. Mas, como ele mesmo dizia, foi como Deus planejou”, disse Ringo, por ocasião da morte do amigo, uma década atrás, em Scottsdale, no Arizona.
Mas, além dos Beatles, William Everett Preston também amava os Rolling Stones. O músico nascido em Houston, Texas, que já dominava o órgão Hammond com 9 anos de idade, teve importantes participações nos álbuns Sticky Fingers, Exile on Main St., Goats Head Soup, It’s Only Rock ‘n Roll e Black and Blue.
“Billy era um músico fantástico, muito talentoso… um cantor soberbo, tanto no estúdio quanto no palco. Era ótimo estar com ele no palco, nas turnês com a gente. Vou sentir muito sua falta”, disse Mick Jagger, ao saber da partida dele, aos 59 anos de idade.
Beatles, Stones e muitos outros. A biografia musical de Billy Preston não para nas duas principais bandas da História do rock. Como bem observou o obituário do New York Times, vai de Little Richard a Red Hot Chili Peppers.
Aliás, os californianos conseguiram tirar o já muito doente Preston da cama para a gravação do clavinet na faixa “Warlocks”, do ótimo álbum duplo Stadium Arcadium. Como habitual em toda a carreira, ele brilhou. Ouça você mesmo aqui.
Billy Preston também teve prolífica e bem-sucedida carreira solo, na qual explorou outras vertentes musicais, como funk e R&B. Ganhou Grammy com “Outta-Space”, em 1972, e alcançou o topo das paradas com os singles “Will It Go Round in Circles” (1973) e “Nothing From Nothing” (1974). Com Bruce Fisher, é coautor do hit “You Are So Beatiful”, sucesso na voz de Joe Cocker.
Nos anos 1990, teve alguns problemas pessoais e com a justiça, por causa do uso de drogas e outras questões. Chegou a ser preso em 1997. “Renasceu”nos anos 2000, e teve ótimos momentos antes de partir. Participou do tributo a George Harrison – responsável por trazê-lo aos Beatles – em 2002, viajou em turnês com os Funk Brothers e Steve Winwood, além de Eric Clapton.
Morreu em paz.
Já poderia ter realizado a passagem tranquilo e sereno do dever cumprido em Terra no ano de 1974, quando ninguém menos que Miles Davis colocou seu nome em uma faixa do álbum Get Up With It.
Homenagem merecida a um músico e uma alma gigantescos.
“Billy Preston”, de Miles Davis:
Fontes e +MAIS: