Há 10 anos… dia 17 de maio de 2006.
(Clique para ampliar!)
Stade de France vazio.
Os quase 80 mil torcedores já tinham deixado o palco da final da Champions League.
No gramado, ainda com uniforme azul-grená, de sandálias, o camisa 2 do Barcelona olha a atmosfera agora silenciosa. Dá alguns passos, para. Coloca as mãos sobre a cabeça, como se não acreditasse no que havia acontecido.
Em certo momento da caminhada, estaciona em uma das grandes áreas da relva. O lugar onde a mágica se sucedera. No lado direito, ele se agacha. Fixa os olhos, mesmerizado, e rememora o lance de sua vida. O gol de sua vida. Parece ainda não crer em tudo aquilo.
Há exatos 10 anos, um lance alçou Juliano Haus Belletti à galeria de heróis da centenária História do Futból Club Barcelona.
Um chute. Um gol. Seu único com a camisa blaugrana!
Faltavam 9 minutos para o apito final do árbitro norueguês Terje Hauge. No placar, Barcelona 1 x 1 Arsenal. O zagueirão Campbell abrira o marcador, em cabezazo indefensável para Valdés, aos 37 da etapa inicial. Naquela altura, os ingleses já atuavam com um a menos, após expulsão do experiente arqueiro Lehmann, aos 18.
O cartão vermelho obrigara Arsene Wenger a tirar o ótimo Pires para a entrada de Almunia na meta britânica. O jogo já tinha se configurado em um ataque contra defesa, apesar dos inúmeros contragolpes fabricados pelo ótimo time do Arsenal.
Após tanto martelar, o Barcelona chegou ao empate, aos 31 do segundo tempo, com o matador Eto’o, em jogada com as decisivas participações dos suplentes Iniesta e Larsson (este mudou o confronto, como bem lembra a Trivela). Quis o destino, porém, que outro cara saído do banco se transformasse no protagonista da noite em Paris.
O Barça sufocava a resiliente defesa dos Gunners. A virada parecia improvável e a final se encaminhava para a prorrogação.
Então, Belletti domina a bola pela intermediária direita. Olha à frente e vê Larsson aberto na ponta. Estica a pelota até o sueco, que a controla, de costas, escoltado de perto por Campbell. Enquanto isso, quase imperceptível, o camisa 2 inicia a infiltração na área inglesa.
Larsson avista a movimentação de Belletti, gira rápido e toca de canhota ao brasileiro. Dentro da área, Belletti afaga a bola e dispara o tiro, quase sem ângulo. Flamini se estica todo, mas não evita que a pelota percorra o destino das redes. Ela passa embaixo das pernas de Almunia e morre no fundo do gol do Arsenal.
Incrédulo, Belletti cai, coloca as duas mãos no rosto e chora. Os companheiros o envolvem, em abraço e festa. Dez minutos após substituir Oleguer, o camisa 2 fez o gol de sua carreira.
E o Barcelona levou a segunda “orelhuda” pra casa…
Três anos depois, a terceira conquista, já com Pep Guardiola no comando.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Melhores momentos:
A final, na íntegra:
Fontes e +MAIS:
– uefa.com