Há 75 anos… dia 10 de maio de 1940.
Se dois dias atrás a Europa celebrou os 70 anos do “V-E Day” (“Victory in Europe Day”), deve muito ao personagem do post de hoje.
Um homem que o destino escolheu para comandar o Reino Unido, a Europa e os Aliados contra o Eixo, Adolf Hitler, Benito Mussolini, o Nazismo e o Fascismo.
A Segunda Guerra Mundial o transformaria em estadista. A História, em um dos protagonistas e grandes figuras do século 20.
Sir Winston Leonard Spencer-Churchill, o gigantesco Winston Churchill.
Visitar o impressionante Churchill Museum, em Londres, é conhecer a incrível biografia do simpático barrigudo, que tanto fez pelo Velho Continente, pelo Reino Unido, pelo mundo. É conhecer, ainda, o ser humano por trás do estadista. O homem corajoso, engraçado, sagaz, bonachão, culto, um amante do charuto, do champanhe, do whisky e, claro, da Inglaterra.
Setenta e cinco anos atrás, Churchill recebia uma convocação da qual não podia declinar: liderar a nação e a Europa diante da ameaça chamada Adolf Hitler. Um perigo alertado por ele ainda em meados da década de 1930. Astuto, foi o único a perceber os movimentos de Hitler. Ninguém ouviu, ninguém fez nada.
Então, no dia em que o Führer iniciava a ofensiva contra Holanda e Bélgica e insinuava ataque para cima da França, a quem os britânicos recorreram? Ao beberrão Winston Churchill.
Ele assumiria o cargo de primeiro-ministro no lugar do passivo Neville Chamberlain (o bigodão aí da foto), responsável por desastrosos movimentos no jogo tático contra Hitler. O principal: a assinatura do Pacto de Munique, que dava a Tchecoslováquia ao Führer com a promessa de “paz em nosso tempo”. Ledo engano, Mr. Chamberlain!
Em setembro de 1939, Hitler invadiu a Polônia, mandando o pacto para as cucuias. Chamberlain, então, declarou guerra à Alemanha, mas não tinha a mínima condição de ser o líder dos britânicos e europeus contra o Eixo. Quando os nazistas invadiram a Noruega, em abril de 1940, a chapa esquentou ainda mais para Chamberlain, que perdeu parte do apoio de seus pares de Partido Conservador.
A gota d’água com o fraco prime minister veio em 10 de maio de 1940. A ofensiva de Hitler ao norte do continente evapora qualquer sustentáculo para o então primeiro-ministro dentro do Parlamento britânico.
A solução foi Winston Churchill. Imediatamente, ele capitaneou um pacto entre todos os partidos, juntou os britânicos em torno de um objetivo comum e prometeu nada além de “sangue, sofrimento, lágrimas e suor”, uma das centenas de famosas frases, proferida no discurso de posse, em 13 de maio.
“Vitória – vitória a todo o custo, vitória a despeito de todo o terror, vitória por mais longo e difícil que possa ser o caminho que a ela nos conduz; porque sem a vitória não sobreviveremos.”
Cinco anos depois, a vitória. Vitória de Winston Churchill.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Ouça o famoso primeiro discurso de Churchill:
Fontes: