Há 60 anos… dia 30 de julho de 1954.
No dia 5, a gravação do primeiro single.
Nos dias 7 e 8, o estouro nas rádios de Memphis.
No dia 19, o disco nas lojas.
E, finalmente, no dia 31, o palco.
A vida voava diante dos olhos daquele jovem motorista de caminhão chamado Elvis Presley.
Há 60 anos, o futuro Rei do Rock teve o gostinho do estrelato pela primeira vez. Mesmo ansioso e assustado, o jovem de 19 anos roubou a cena e mostrou que nascia para os holofotes. Nascia para reinar.
Acompanhado do guitarrista Scotty Moore e do baixista Bill Black, com quem gravara o single, Elvis subiu ao palco do auditório externo do Overton Park Shell, em Memphis, para abrir o show de Slim Whitman, cantor de country de sucesso nos anos 1950. No setlist, “That’s All Right, Mama” e “Blue Moon Of Kentucky”, as duas do compacto, e mais “I’ll Never Let You Go (Little Darlin’)”.
E foi logo em seu début que, meio sem querer, Elvis criaria uma de suas marcas. Como que para “enganar” e aliviar o enorme nervosismo, ele começou, de repente, a mexer as pernas no compasso da música, do mesmo jeito que fazia nos ensaios e jams com Moore e Black.
A reação foi instantânea e surpreendente: a plateia, de maioria feminina, começou a gritar e aplaudir enlouquecidamente, assustando o próprio Elvis e os companheiros. Ninguém entendeu muito bem aquele gingado ousado e provocante, um movimento sensual de pernas que remetia ao balanço negro. Mas todo mundo amou!
“Não entendemos o que estava acontecendo quando todas aquelas pessoas começaram a gritar e urrar”, disse Moore.
Realmente, ninguém entendeu nada. Tanto que Elvis saiu do palco entre a primeira e a segunda músicas para saber o motivo da gritaria. O movimento das pernas em compasso com a música aliado às extravagantes calças largas de Elvis criavam efeito único e inédito. O molejo que criaria o apelido “Elvis The Pelvis”!
Nos meses seguintes, com Moore e Black oficializados na banda, o Rei caiu na estrada. Retornaria ao palco do Overton Park Shell em agosto de 1955, já bem mais conhecido.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
“That’s All Right, Mama”, no especial “Elvis”, de 1968:
Fontes:
Senhor do palco!