Há 20 anos… dia 29 de julho de 1994.
No bar…
– Seu Mané, o senhor tem um copo de leite de capivara de Barra do Piraí?
– Ah, não tem, não.
– O senhor aí não tem leite de mula manca sem cabeça?
– Mula manca sem cabeça? Não, não tem, não!
– Pô, mas que massada. O senhor não tem nem leite de perereca aí?
– Leite de perereca? Também não tem!
– Não tem leite de ganso manso?
– Ganso manso? Nem isso tem!
– Deus é testemunha que eu queria tomar leite!
Bota uma cachaça aí, ahahahahah…!
Ele foi um brasileiro. Um brasileiro de verdade.
O samba, o Flamengo, a Mangueira. O humor do cotidiano. Do bar, do ponto de ônibus, dos amigos, da mulher…
Antônio Carlos Bernardes Gomes.
Para o Brasil, apenas Mussum. O querido Mussum. Apelido dado por outro imortal da cultura brasileira, o gênio Grande Otelo.
O Mussum do cacildis, do forevis, do metris de cachacis.
Dos Originais do Samba e dos Trapalhões.
Há 20 anos, ele se foi. Aos 53 anos, não aguentou um transplante de coração e faleceu em São Paulo.
Ou melhor, ele não se foi.
Camisetas, vídeos no YouTube, memes no Facebook e no Instagram, perfis no Twitter…
Mussum vive!
E, finalmente, ganhou biografia!
Cacildis!
Em tempo: o post de hoje foi inspirado em texto publicado no site da Revista Brasileiros em celebração aos 15 anos de morte de Mussum, em 2009. Um recorde de acesso do portal na época, diga-se. Como todo o conteúdo a respeito dessa figuraça!
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Um comentário sobre “Mussum vive!”