30 de setembro de 1917
“Alô, Alô, Terezinha!”
“Quem não se comunica se trumbica.”
“Na TV nada se cria tudo se copia.”
“Eu vim para confundir e não para explicar.”
“Vocês querem bacalhau?”
“Quando eu buzino o calouro, buzino…”
“Vai para o trono, ou não vai?”
“Alô, Dona Maria, seu dinheiro vai dar cria.”
José Abelardo Barbosa de Medeiros, o imortal Chacrinha.
A exemplo de Mussum, um tipo único e brasileiríssimo.
Um gênio que saiu de Surubim, no Pernambuco, para brilhar na pele de um personagem inesquecível.
Colorido, engraçado, sagaz, brincalhão, matreiro, brilhante.
Cresceu em Caruaru, também Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba. Aos 17, se mandou para Recife, onde iniciou faculdade de Medicina.
Tudo indicava que o mundo ganharia mais um doutor, especialista em anatomia, mas a Segunda Guerra Mundial desviou o curso da vida do jovem Abelardo. E o Brasil foi abençoado com um artista inigualável.
Com a suspensão da viagem à Alemanha, já no final dos anos 1930, acabou desembarcando no Rio de Janeiro, onde tudo aconteceria.
Foi para o rádio e começou a despontar. Primeiro Tupi, depois Rádio Fluminense, em que ganhou projeção com o programa de marchinhas e músicas de carnaval Rei Momo na Chacrinha (por isso o apelido!).
Viraria Abelardo “Chacrinha” Barbosa.
Das ondas radiofônicas para a televisão foi um pulo.
Estreou na telinha em 1956, com o Rancho Alegre, na Tupi. Depois, lançaria a famosa Discoteca do Chacrinha. Foi para a TV Rio como a grande atração. Era a principal pedra no sapato na briga pela audiência com a recém-inaugurada TV Globo.
Após muita insistência e discussão interna, a empresa de Roberto Marinho o levou.
E Chacrinha virou o rei do Brasil, com seus eternos Discoteca do Chacrinha, Buzina do Chacrinha e Cassino do Chacrinha.
De 1967 a 1988, quando partiu, “balançou a pança, buzinou a moça, comandou a massa e deu as ordens no terreiro”!
Viveu para confundir e alegrar essa louca terra tropical.
Abertura do Cassino:
Documentário:
Fontes e +MAIS: