Há 20 anos… dia 1º de novembro de 1993.
“Maastricht é um marco e um avanço. Mas a Comunidade Europeia continuará tendo as feições que lhe queiram dar os países soberanos que a compõem.”
A frase final de texto na página 3 da edição de 3 de novembro de 1993 do Estadão é profética. Anuncia o destino exato da União Europeia, apenas dois dias após o seu início.
Duas décadas depois, o Velho Continente é dirigido pelos países soberanos do Tratado de Maastricht, quais sejam a França e, principalmente, a Alemanha. Exatamente como projetou o texto do Estadão.
Assinado em 7 de fevereiro de 1992, o Tratado de Maastricht (cidade ao sul da Holanda) estabeleceu a integração política à já existente união econômica da Europa. Substituiu a Comunidade Europeia por um novo bloco, a União Europeia.
O acordo firmou três pontos principais, a serem discutidos em comum por todos os países membros: assuntos econômicos e sociais, questões de segurança e política externa e, por fim, cooperação policial e judiciária.
Outro ponto de destaque do Tratado de Maastricht, também conhecido por Tratado da União Europeia, é o início do processo de união monetária do bloco. A partir do acordo, todos os países teriam de cumprir critérios para a instituição de uma moeda única. O Euro seria instituído em janeiro de 1999, mas fisicamente, com notas e moedas, apenas em 2002.
A União Europeia experimentou ótimo momento em seu início. Em geral, os países do bloco tiveram crescimento econômico e houve uma distribuição de riqueza no continente. Além disso, o apagamento das fronteiras permitiu maior circulação de pessoas e mercadorias e estimulou o turismo.
Hoje, 20 anos depois, o cenário é nebuloso, como conta reportagem da AFP:
“Vinte anos depois do Tratado de Maastricht, que possibilitou a integração política europeia e estabeleceu as bases para a criação da moeda única, a União Europeia (UE) busca um novo projeto para relançar a construção europeia, freada pela crise e a reprovação crescente dos cidadãos.”
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Veja reportagem sobre o Tratado de Maastricht:
Fontes: