Há 5 anos… dia 26 de setembro de 2008.
“Se Marlon Brando e James Dean interpretaram o macho americano como um rebelde mal humorado, Paul Newman o recriou como um simpático renegado, uma impressionante e elegante figura de espírito e candura de olhos azuis, com um magnetismo impossível de resistir, seja ele Hud, Cool Hand Luke ou Butch Cassidy.”
Aljean Harmetz, do New York Times, assim definiu a carreira de Paul Newman, que morreu há 5 anos, vítima de câncer no pulmão.
“Ele atuou em mais de 65 filmes durante mais de 50 anos, com tanta graça, inteligência e bom humor que fez tudo parecer fácil”, continua o texto de Harmetz.
Nascido em 25 de janeiro de 1925, em Shaker Heights, Ohio, Paul Leonard Newman, filho de Theresa e Arthur, logo demonstrou interesse no teatro. Encorajado pela mãe, começou a atuar na escola e estreou no palco como bobo da corte, em encenação de Robin Hood.
Depois de servir os Estados Unidos pela Marinha, durante a Segunda Guerra Mundial, em base no Havaí, Newman estudou no Kenyon College e na Yale School Drama. Em seguida, foi para Nova York e completou os estudos na famosa escola de formação de atores Actors Studio.
O início em Hollywood aconteceu em 1954, com o filme “Cálice Sagrado”. Ficou tão envergonhado pela interpretação do escultor grego Basil no épico que colocou um anúncio no jornal se desculpando a quem tivesse assistido o filme. Um ano e meio depois, o papel do boxeador Rocky Graziano em “Marcado pela Sarjeta”, que seria de James Dean, alçou Newman ao estrelato.
Depois disso, vieram outros sucessos, como “Gata em Teto de Zinco Quente” e “O Mercados de Almas”, que lhe valeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes de 1958. Nos anos 1960, os filmes “Desafio à Corrupção”, “Criminosos Não Merecem Prêmio”, “O Indomado”, “Rebeldia Indomável”, “Hombre” e, principalmente, “Butch Cassidy” consolidaram Paul Newman no rol de grandes atores do cinema.
Com o amigo Robert Redford, ainda teria outro grande blockbuster, “Golpe de Mestre”, vencedor do Oscar de Melhor Filme de 1973. Por falar na Academia, Newman teve 10 indicações, mas acabou vencendo em 1986, em “A Cor do Dinheiro”. No ano anterior, foi homenageado com o Oscar Especial pelo conjunto da obra.
“Quando um papel é ideal pra ele, é inigualável”, escreveu a crítica Pauline Kael, em 1977.
Depois de um sumiço da telas, retornou em grande estilo em 2002, com “Estrada para Perdição”, em que contracena com Tom Hanks e Daniel Craig. Aos 77 anos, recebeu nova indicação ao Oscar, como Melhor Ator Coadjuvante.
Amante do automobilismo, correu as 24 horas de Le Mans e teve até equipe na Fórmula Indy, a Newman-Haas Racing.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Veja cena famosa de “Butch Cassidy”:
Fontes:
Um comentário sobre “Morre o ator Paul Newman”