Há 30 anos… dia 31 de agosto de 1987.
Como suceder um furacão musical, um álbum aclamado por público e crítica, que se tornaria o mais vendido da História?
A missão parecia impossível. Mas Michael Jackson tinha um plano.
Esperou um tempo para a poeira baixar (exatos cinco anos), consolidou o reinado no centro da música Pop (mesmo sem nada de novo para mostrar) e, por fim, tentou manter a fórmula de sucesso na produção do novo disco.
Deu certo.
Lançado há 30 anos, Bad obviamente não atingiu a estratosfera e a eternidade de Thriller. Claro que não.
Cativou, contudo, os corações e as mentes de quem precisava capturar.
Primeiro, os fãs. Eles amaram. E compraram!
Ancorado em uma pesada e bem pensada estratégia de marketing, com direito a curta-metragem dirigido por ninguém menos que Martin Scorsese, o disco logrou êxito comercial antes mesmo de chegar às lojas. A quatro dias do lançamento, já tinha mais de dois milhões de cópias (pré) vendidas!
Ao fim, não chegou aos 100 milhões imaginados e desejados por Michael, mas à casa dos 35 milhões, em números atualizados. Cifra mais do que suficiente para figurar entre os best-sellers de todos os tempos!
Por fim, os críticos. Eles também gostaram. Alguns, como Davitt Sigerson, da Rolling Stone, até mais do que Thriller!:
“Nem deveria importar para ninguém, exceto os beneficiários de suas vendas antecipadas, se Bad venderá 4 ou 12 ou 50 milhões de unidades. As comparações com Thriller não são importantes, exceto esta: mesmo sem uma faixa marcante como ‘Billie Jean’ Bad é um registro melhor”, escreveu, em resenha de outubro de 1987.
Mesmo abaixo do entusiasmo acima, o tom geral das avaliações da época é positivo e vê Bad como um grande disco, de um artista maduro, seguro de si e consciente com os próprios rumos da carreira.
Aliás, um fato que comprova a maturidade e a evolução artísticas é que o Rei do Pop dispensou os trabalhos do compositor Rod Temperton, nome por trás das músicas dos álbuns anteriores. Ele mesmo assumiu as rédeas. Das 10 faixas, 8 são assinadas por Michael, incluindo “Bad” e “Smooth Criminal”, as mais marcantes.
Atrás de toda a bizarrice que começava a aparecer (o embranquecimento cada vez mais evidente, o chimpanzé Bubbles, a tal câmara hiperbárica para não ficar velho, entre outras esquisitices), ainda havia o artista de enorme talento.
Um dom, aliás, que jamais se apagou.
Não tem jeito: o trono do Pop será sempre de Michael Jackson.
Bad:
Fontes e +MAIS: