Há 80 anos… dia 30 de agosto de 1937.
“Every time I hear the name Joe Louis, my nose starts to bleed.”
“Toda vez que ouço o nome Joe Louis, meu nariz começa a sangrar.”
Bravo Tommy Farr. Bravíssimo Tommy Farr.
Oitenta anos atrás, o galês cravou o nome na História da nobre arte ao suportar o mítico e recém-campeão dos pesados Joe Louis. Um dos poucos a encarar The Brown Bomber até o round final.
A recompensa veio da plateia de quase 37 mil pessoas no Yankee Stadium, Bronx, Nova York. Tão logo anunciada a manutenção do cinturão para Louis, uma vaia retumbante ecoou na atmosfera do estádio.
E uma grande vaia, já escreveu mestre Nelson Rodrigues, “é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose”.
Foi o ponto alto da carreira do prodígio boxeador. Uma estrada iniciada aos 13 anos! Então com 24, Farr já tinha mais de 100 lutas no currículo, três vezes mais do que o campeão Louis, à época apenas um ano mais novo (23), porém com 33 embates como profissional.
Destemido, o britânico partiu pra cima no início da luta e manteve a pegada no segundo assalto. Não se intimidou com as respostas do campeão nos rounds seguintes e teve o melhor momento no oitavo, quando acertou cruzado de esquerda em Louis, provocando frenesi no Yankee Stadium.
Abalado e vulnerável, o campeão só conseguiu reequilibrar o duelo nos rounds 10 e 11. Farr diminuiu o ímpeto nos instantes finais, mas quase surpreendeu Louis no derradeiro assalto, quando sentiu que não conquistaria a vitória e o cinturão na decisão dos juízes.
Ao final, se portou como um gentleman, aceitou o veredito, saudou o campeão e saiu do ringue de cabeça erguida.
Ele partiria em 1986, considerado um dos mais brilhantes boxeadores do Reino Unido.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Melhores momentos:
A luta na íntegra:
Fontes e +MAIS: