Há 40 anos… dia 29 de abril de 1977.
Eles foram os bonitinhos do punk britânico.
Se o Clash foi o pé na porta, o ativismo político, e os Pistols foram o choque estético, o niilismo em relação à vida – tese muito melhor apresentada aqui pelo amigo Bruno Fiuza -, o The Jam foi o cronista discreto, o outsider bem resolvido em alcançar o mainstream.
Com muito mérito e extrema qualidade musical, diga-se. Os punks com pegada de mods dos 60’s existiram por uma década e brilharam por meia, com quatro singles a chegar ao topo.
“In The City”, o primeiro do power trio, lançado há exatos 40 anos, atingiu o 40º lugar nas paradas do Reino Unido. Uma melodia grudenta, com poderoso e contundente riff de guitarra (copiado pelos Pistols em “Holidays in the Sun”), uma letra empolgante, com o olhar adolescente de um “forasteiro” sobre a efervescência de uma grande cidade.
“In the city there’s a thousand faces, all shining bright
And those golden faces are under twenty-five”
Com a palavra, Paul Weller, autor da música e líder do Jam:
“Eu tinha provavelmente 18, então era a canção de um jovem, um cara do subúrbio sonhando com as delícias de Londres e a emoção da cidade. Era um momento emocionante para se estar vivo. Londres estava saindo de seus tempos pós-hippies e havia uma nova geração tomando conta. A canção capturou a inocência de olhos arregalados de alguém de uma comunidade muito pequena e entrando em um mundo mais amplo, vendo todas as bandas, conhecendo pessoas, indo para os clubes, e a liberdade de tudo isso”.
O compacto com “Takin’ My Love” no lado B abriu caminho para o lançamento do álbum de estreia homônimo, em 20 de maio.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
“In The City”:
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