Há 45 anos… dia 7 de janeiro de 1972.
Era tempo de transformação. Mudança.
Às vésperas do 25º aniversário, ele era um pai recente. Duncan tinha pouco mais de 7 meses de vida.
Ainda quando o menino estava prestes a chegar, ele resolveu colocar o turbilhão de sentimentos no papel. Em palavras. Em música!
E que música!
Uma canção que se tornaria uma espécie de “declaração de princípios”, talvez a principal das tantas que ele lançou na carreira e na vida.
A expressão pura da reinvenção do artista, mas também um chamamento à recriação pessoal permanente. Um manifesto solitário, convicto e corajoso, sobre o Norte a se tomar, à revelia de críticos ou maledicentes, a despeito das tempestades no horizonte.
Ao mesmo tempo, “uma tentativa de um jovem em contar como vai reagir quando chegar a hora de estar no lado caluniado da próxima geração”, como bem observou John Mendelsohn, em resenha da Rolling Stone sobre Hunky Dory, álbum ao qual pertence a faixa-protagonista deste post.
“Changes” transborda a essência de David Bowie.
Um “Camaleão” de tantas e tão intensas mudanças. Um artista de tantas faces. Um homem de tantas existências.
Vai e encara o estranho, ele canta, oferecendo generosamente o caminho da mudança ao seu “paciente” no divã.
Como é difícil mudar, né?
Mas, calma, tem uma “estranha fascinação” nisso tudo, ele lembra.
E não tem jeito: o tempo vai te mudar. E você não pode enganar o Senhor Tempo.
Abrace a(s) mudança(s), como Bowie fez.
“Changes” seria a última música executada ao vivo por ele, em novembro de 2006. Como estamos falando de Bowie, bom duvidar ter sido uma mera coincidência.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Em tempo1: ele toca sax na abertura e no final da música! Rick Wakeman, futuro Yes, faz o lindo piano.
Em tempo2: vale espiar a linha do tempo que o pessoal do site oficial fez!
Em tempo3: sim, Charlie Brown, todos nós ainda pensamos muito nele!
“Changes”:
Fontes e +MAIS: