Há 60 anos… dia 6 de janeiro de 1957.
“Eu queria dizer a Elvis Presley e ao país que este é um garoto realmente decente, e onde quer que você vá, Elvis, queremos dizer que nunca tivemos uma experiência mais agradável em nosso programa com um grande nome do que com você. Então, agora vamos dar uma tremenda salva de palmas para uma pessoa muito legal!”.
Ao final do programa, o generoso e sagaz anfitrião fez questão de exaltar a estrela em ascensão. À primeira (e desinformada) vista, um afago desnecessário, porque o convidado já “ganhara”, e muito bem, a plateia ali presente. Ademais, estava em alta.
Ed Sullivan, porém, sabia do riscado. Sabia estar diante de um ainda menino, a dois dias de completar somente 22 anos. Sabia, acima de tudo, que a América estava ali, grudada na TV, vendo tudo. Principalmente, os haters.
Pois é, mesmo em tão tenra idade e carreira, o topetudo do Mississippi já tinha detratores. O motivo, todos sabem: the pelvis! Isso mesmo. Os insinuantes e originais movimentos dos joviais quadris de Elvis Presley tinham provocado uma verdadeira hecatombe no coração do puritanismo da Terra do Tio Sam.
O terremoto acontecera em junho de 1956, na famosa apresentação no Milton Berle Show – leia aqui. Mas Elvis se tornaria o inimigo nº 1 dos defensores da moral e dos bons costumes somente no final daquele ano. Tanto que nas duas aparições iniciais no Ed Sullivan Show, em setembro e outubro, todos puderam ver o seu suingue!
A pressão dos puros e carolas, porém, surtiria efeito. E as redes de TV tomaram, então, a providência: censuraram Elvis. Ou melhor: censuraram a pélvis do menino! O futuro Rei do Rock seria filmado em close, omitindo, assim, o seu sensual e sexual bailado de pernas.
Foi assim a sua última vez no mítico programa, no qual The King cantou “Hound Dog”, “Don’t Be Cruel”, “Too Much” – lançada dois dias antes! -, “When My Blue Moon Turns To Gold Again” e “Peace in the Valley”, antes de ser exaltado por Ed Sullivan no fechamento do show. Os requebros ficaram guardados para os ensaios (fotos acima).
A polêmica, porém, seguiria colada nele. Teve gente, por exemplo, que chiou por ele ter cantado “Peace in the Valley”, uma música gospel – a preferida de sua mãe, Gladys. Astuto, Coronel Tom Parker, empresário de Elvis, surfou na onda da controvérsia e, ainda em 1957, o Rei lançou seu primeiro disco gospel (um compacto duplo com quatro canções)!
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Trechos da última aparição:
O áudio completo do show:
Fontes e +MAIS:
Olá, caro Mauricio!
Primeiramente, muito obrigado pelo contato e pela audiência ao blog.
Sobre a efeméride, está confirmada nos links que usei de fonte, como o site oficial do Ed Sullivan Show, por exemplo.
Foi a última aparição do Elvis sozinho, sem ninguém o acompanhando. E, na verdade, o encontro com o Sinatra não ocorreu no programa, portanto, está tudo certo.
Agradeço mais uma vez sua participação e continue com o efemérides!
Abraço,
Fernando.
Olá, caro Mauricio!
Primeiramente, muito obrigado pelo contato e pela audiência ao blog.
Sobre a efeméride, está confirmada nos links que usei de fonte, como o site oficial do Ed Sullivan Show, por exemplo.
Foi a última aparição do Elvis sozinho, sem ninguém o acompanhando.
Agradeço mais uma vez sua participação e continue com o efemérides!
Abraço,
Fernando.
Errado, pois a última aparição dele foi em 1960 ao lado de Sinatra cantando juntos, logo após Elvis sair do exército.
Está errado.A última aparição do Elvis foi junto ao Sinatra em 1960 logo após ele sair do exército.