Há 205 anos… dia 29 de outubro de 1810.

A Biblioteca Nacional nasceu, na verdade, algumas décadas antes de 1810.

Tudo começou em 1º de novembro de 1755, quando um forte terremoto provocou incêndio devastador em Lisboa e, também, na Real Livraria – ou Livraria Real -, uma das mais importantes bibliotecas da Europa na época. Estima-se que o sismo matou de 10 a 90 mil pessoas na capital portuguesa! E o fogo consumiu grande parte do acervo da biblioteca.

Coube ao rei D. José I* e seu ministro, o Marquês de Pombal, a tarefa de juntar os restos da tragédia e organizar o patrimônio da Real Livraria. Em 1807, havia mais de 60 mil peças no acervo. Um ano depois, ele seria transportado ao Brasil. A invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte obrigava a família real a se transferir para terras tupiniquins.

De início, o patrimônio foi acomodado em uma sala do Hospital da Ordem do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Pouco tempo depois, o Príncipe Regente D. João VI decretou a fundação da Real Biblioteca. Era o dia 29 de outubro de 1810. A abertura ao público se daria somente em 1814.

Passados 205 anos, muita coisa mudou, a começar pelo nome. Hoje, oficialmente, o nome oficial constitucional é Fundação Biblioteca Nacional. Mais do que o título, o que cambiou mesmo foi a sede da biblioteca.

Depois do Carmo, a BN foi para a Rua do Passeio, na Lapa, no ano de 1858. Então, um século após a sua fundação, a mudança definitiva. Em 12 de novembro de 1910, foi inaugurado o prédio da atual Biblioteca Nacional, na Avenida Rio Branco, na Cinelândia, ao lado do Museu Nacional de Belas Artes e do Teatro Municipal.

Atualmente, a Biblioteca Nacional conta com acervo com mais de 9 milhões de itens, entre livros, jornais, manuscritos, gravuras, mapas, moedas, medalhas, entre tantos outros. É a maior da América Latina e uma das 10 maiores do mundo.

Não por acaso que, em 1966, a data de 29 de outubro foi estabelecida como o Dia Nacional do Livro. Uma referência e homenagem à Biblioteca Nacional.

Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

* Errata: É D. José I, não D. João I, como mencionado anteriormente. Agradecimento ao leitor José Miguel Teodoro, de Lisboa, que nos alertou sobre o erro!

A história da Biblioteca Nacional:

Fontes:

– Wikipédia

– bn.br

– blogdabn.wordpress.com