O dia em que Rivellino vestiu a camisa do São Paulo

Há 35 anos… dia 22 de setembro de 1981.

O dia em que Rivellino vestiu a camisa do São Paulo

(Não é montagem, não!)

E o éfemello também não tá louco, não!

Em 22 de setembro de 1981, o craque Roberto Rivellino vestiu a camisa do São Paulo. Em apenas um jogo, é verdade, mas está na História do Clube da Fé: por 90 minutos, o “Reizinho do Parque” foi tricolor.

A história é a seguinte: em maio daquele ano, se encerrou o vínculo de Riva com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, clube pelo qual atuava há quase quatro temporadas. Por causa de várias desavenças e picuinhas com o dono, o príncipe Kaled, Rivellino resolveu se mandar para o Brasil e chegou até a anunciar a aposentadoria do futebol.

Ele tinha 35 anos e sentia que, talvez, pudesse desfilar a categoria mais um pouquinho. Então, mantinha a forma e treinava na sede social do São Paulo, no Morumbi, perto de sua casa, no Brooklyn, bairro onde nasceu e cresceu.

Naturalmente, Rivellino e os dirigentes são-paulinos da época se aproximaram e surgiu a ideia de ele vestir a camisa do clube. Mas havia um grande obstáculo: Riva ainda tinha ligações contratuais com os sauditas, que não iriam facilitar a transferência.

Pelo contrário, queriam que o brasileiro assinasse novo vínculo com o Al-Hilal. Lembrando que, na época, o jogador de futebol ainda era preso a qualquer clube pelo passe.

A saída encontrada pelo São Paulo para sensibilizar o príncipe Kaled a liberar o meia foi organizar um amistoso justamente contra a seleção do país, então treinada por Rubens Minelli.

Era uma fria noite de terça-feira e apenas 2.522 pessoas testemunharam Rivellino com a camisa listrada do São Paulo. O SBT também transmitiu ao vivo. A Arábia Saudita não ofereceu nenhuma resistência e acabou goleada por 5 a 1.

Apesar de estar sem ritmo e não ter deixado o seu golzinho, Riva mostrou muita classe e elegância. “Rivelino, ainda um grande futebol”, estampou o Estadão, no dia seguinte ao jogo – ver abaixo.

No fim, a diretoria do São Paulo não dobrou o príncipe e a história de Rivellino no clube durou apenas uma efêmera noite.

Ele penduraria definitivamente as chuteiras tempos depois. Alguns anos mais tarde, se tornaria comentarista e também brilharia na seleção brasileira de Masters de Luciano do Valle.

Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

Fontes e +MAIS:

– Acervo Estadão

– Acervo Folha

– esporte.ig.com.br

– vip.abril.com.br

– futnroll.com

– spfcpedia.blogspot.com

– books.google.com.br

– Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa

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