Há 40 anos… dia 29 de junho de 1976.
“Todas as realizações na vida de uma pessoa, na vida de uma nação, começam com uma visão.
Mais de 40 anos atrás, um grupo de pessoas teve uma visão para Seychelles. A visão de liberdade e independência. A visão de justiça social, educação universal, saúde para todos os cidadãos, de habitação, de pensões – uma visão da distribuição da riqueza. Uma visão de emancipação. Uma Seychelles onde a unidade nacional, a harmonia, a paz e a solidariedade reinariam.
Este mesmo grupo de pessoas estava determinado a trazer Seychelles longe, rumo a um novo destino. Eles se atreveram a sonhar, e tinham uma firme convicção na capacidade do povo de Seychelles para transformar nosso país. Eles estavam determinados a trazer Seychelles para a sua independência.
A visão deles se tornou realidade há 40 anos. A sua determinação e convicção deu frutos naquele dia, naquela noite, quando a nossa pequena Seychelles se tornou uma nação, soberana e livre.”
Foi dia de festa no pequeno, porém paradisíaco arquipélago cravado no vasto Oceano Índico. Com as palavras acima, o atual presidente James Michael abriu seu efusivo discurso em celebração do 40º aniversário de independência de Seychelles. Quatro décadas atrás, após alguns séculos de controle de franceses e britânicos, o país conquistou a sua esperada autonomia.
O desejo de pôr fim ao controle britânico já estava no ar. A partir de meados da década de 1960, duas forças opostas surgiram no cenário político da ilha. De um lado, France-Albert René, socialista a favor da independência. De outro, James Mancham, representante de empresários e fazendeiros, que buscava mais aproximação com a Grã-Bretanha.
Em 1966, o partido de Mancham venceu as eleições. Quatro anos mais tarde, em encontro entre colônia e metrópole em Londres, as duas forças apresentaram suas armas. Em novembro, um novo pleito geral fez nascer uma nova constituição, com Mancham como chefe de estado.
Mais quatro anos se passaram e, agora, os dois partidos estavam do mesmo lado, ou seja, ambos eram favoráveis à independência de Seychelles. Negociações com os britânicos tiveram êxito e ficou decidido que a ilha deixaria o bloco da Commonwealth em 29 de junho de 1976.
Então, antes separados, Mancham e René agora estavam lado a lado, o primeiro no cargo de presidente e o segundo como primeiro-ministro. Os primeiros líderes da recém-nascida nação.
Hoje, após período conturbado durante a década de 1980, inclusive com um golpe de estado, Seychelles tem “mares calmos”. A cada ano, atrai mais turistas em busca das belezas exóticas das mais de 100 ilhas do arquipélago.
Como o príncipe Harry e Kate Middleton, que em 2011 desfrutaram a lua-de-mel no paraíso africano.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Reportagem da AP sobre a independência de Seychelles:
Fontes e +MAIS:
– bbc.com
– pfsr.org