Há 45 anos… dia 16 de janeiro de 1972.
“O torcedor da Portuguesa saiu satisfeito ontem à tarde do novo estádio no Canindé, depois da vitória do seu time contra o Zeljeznicar (Ferroviário), da Iugoslávia, por 2 a 0. Foi, no entanto, uma satisfação decorrente do bom futebol da equipe, além da inesperada participação de Rivelino (sic), do Corinthians, nos primeiros 40 minutos.”
Rivellino na Lusa, quatro décadas e meia atrás…
Anos antes de vestir a camisa do São Paulo, o “Maloca” envergou a número 8 rubro-verde. E marcou o seu… de pé direito! Antes de o chutaço vencer o arqueiro Janjus, um elástico de canhota para entortar o zagueiro Bratic. Marca registrada.
Foi uma “inesperada participação”, como relatou a Folha no dia seguinte ao jogo contra o fraco Zeljeznicar, clube de Sarajevo, hoje capital da Bósnia-Herzegovina, antigamente uma cidade parte da Iugoslávia.
O duelo contra os iugoslavos fez parte de uma série de amistosos para a inauguração da nova arquibancada do novo estádio, à época chamado Independência, hoje conhecido como Canindé (oficialmente, Estádio Doutor Osvaldo Teixeira Duarte).
Uma semana antes da vitória sobre o Zeljeznicar, a Lusa de Rubens Minelli fora derrotada pelo Benfica por 3 a 1. Então, para não fazer feio no segundo prélio, correu atrás de reforços. Pesos-pesados da bola!
Conta reportagem do UOL Esporte de 2014, assinada por Vagner Magalhães (link abaixo), que o jornalista Orlando Duarte fez a intermediação para que Riva vestisse a camisa da Portuguesa. Amigo do então presidente, o próprio Osvaldo Teixeira Duarte, e conselheiro da Lusa, Duarte entrou em contato com o radialista José Italiano, amigo de Rivellino, depois de ouvir a ideia do mandatário do clube.
“As diretorias dos dois clubes entraram em acordo e Rivellino jogou”, relembra Duarte, na matéria do UOL. Segundo ele, Carlos Alberto Torres também foi chamado, mas não pôde comparecer por questões de calendário.
Ao final, o saldo não podia ser mais positivo: a Portuguesa passeou, venceu por 2 a 0 (primeiro gol foi marcado por Valdomiro) e todos saíram satisfeitos, como conta a Folha de S. Paulo. Bem, todos menos os iugoslavos!
Uma semana mais tarde, outro craque de um rival vestiria o manto rubro-verde. César Maluco, centroavante do Palmeiras, atuou também por quase um tempo na vitória sobre a Hungria, 2 a 0. Ao contrário de Rivellino, porém, César não deixou o seu.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Os gols do jogo:
Fontes e +MAIS: