Há 30 anos… dia 3 de setembro de 1986.
Antes do início da disputa do estadual de 1986, a Associação Atlética Internacional de Limeira tinha um objetivo só: permanecer na primeira divisão do futebol paulista. Quase 7 meses depois, o time comandado pelo técnico Pepe dava a volta olímpica em pleno Morumbi.
A saga do primeiro título de um clube do interior de São Paulo, 30 anos atrás, daria um ótimo filme – como mostra a excelente reportagem de Alex Sabino no LANCE!. Podia começar do final, ou melhor, da final, em 3 de setembro de 1986.
O Morumbi estava tomado por 68 mil palmeirenses, que ansiavam pelo fim da fila de títulos. O alviverde já entrava no 10º ano sem saber o que era taça… Incômoda seca.
Do outro lado, apenas 400 fiéis torcedores da Inter, a zebra preta e branca de Limeira. Nem a vantagem de empate nos 90 minutos e na prorrogação dava confiança na conquista. Tanto que a diretoria nem preparou festa!
Quando a bola rolou, a Inter soube controlar o jogo e botar ainda mais pressão no colo do Palmeiras. O peso da fila falou mais alto do lado do Verdão.
A equipe de Carbone começou a desmoronar aos 5 do segundo tempo, quando Kita abriu o placar para a Inter. Foi o 24º gol do artilheiro do Paulistão de 1986.
Quatro minutos depois, a casa verde e branca caiu de vez. O lateral-esquerdo Denys entregou a paçoca ao tentar recuar a bola com o peito para o goleiro Martorelli. Esperto, Tato dominou a redonda, driblou o arqueiro do Palmeiras e anotou o segundo do time de Pepe.
O Palmeiras precisava, no mínimo, de dois gols. Então, se lançou ao ataque, deixando espaços atrás. Aos 29, o zagueiro Amarildo desviou escanteio de Éder (aquele!) e diminuiu.
Apesar da pressão, não houve empate. A Inter ainda teve chances de ampliar, mas desperdiçou. Mesmo assim, cozinhou o Porco nos minutos finais, pois tinha um jogador a mais – Jorginho fora expulso aos 39, assim como o técnico Carbone.
Festa do interior em plena Sampa!
“Um título que eu ofereço à toda torcida de Limeira, à minha esposa e à família do falecido Zezinho Figueroa”, disse Pepe, lembrando do zagueiro que sofreu ataque cardíaco durante treino antes da estreia do time e morreu. A tragédia aumentou quando, no caminho para o velório, a mulher do jogador morreu em acidente de carro.
Foi o impulso emocional para a Inter de Limeira se fortalecer. No campeonato – e escpecialmente naquele 3 de setembro de 1986 -, o time jogou por Figueroa e, ao final, pôde homenagear o zagueiro com a taça inédita e histórica.
Na sequência, o time sofreria um desmanche e Pepe levantaria outro troféu importantíssimo, de campeão brasileiro, dessa vez com um clube grande, o São Paulo.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Gols da final:
Reportagem do Globo Esporte sobre a decisão:
Fontes e +MAIS:
Verdade!
A informação de 400 eu peguei das fontes. Mas, de fato, talvez esteja equivocada!
Muito obrigado pelo comentário e pela audiência, Carol Santos!
Continue com o blog!
Abraço,
Fernando.
Obs. 400!!
Pelo vídeo, a torcida da Inter no Morumbi foi muito superior a 4.000. Talvez, 4 mil