Pelo São Paulo, Telê volta ao Sarriá (e vence)

Há 25 anos… dia 24 de agosto de 1991.

Pelo São Paulo, Telê volta ao Sarriá (e vence)

“É como jogar em qualquer outro estádio.”

3337 dias já tinham se esvaído na ampulheta do tempo. 9 anos, 1 mês, 19 dias.

De 5 de julho de 1982 a 24 de agosto de 1991, muita coisa aconteceu na vida de Telê Santana da Silva. E ainda havia muito por acontecer. Naquela altura, porém, ele já era campeão brasileiro de novo. O primeiro título de sua estrada mais bonita à frente de um clube, o São Paulo.

E naquele 24 de agosto, 25 anos atrás, o destino colocou Telê novamente no palco de sua maior dor dentro do futebol: o Sarriá. O maldito Sarriá. Onde Paolo Rossi fustigou a seleção brasileira de Telê. E de Sócrates, de Zico, de Cerezo, de Júnior…

O São Paulo finalizava giro europeu no meio da temporada brasileira. Depois de um pífio desempenho no Troféu Naranja, em Valência, onde empatou sem gols com a União Soviética e perdeu por 1 a 0 para o time da casa, o time de Telê aportou em Barcelona. Para jogar contra o Espanyol. No Sarriá.

Como se lê na abertura, o teimoso mineiro de Itabirito desdenhou do fato. Bem à sua maneira: sério, turrão, enfático. “A seleção brasileira de 82 foi reconhecida mundialmente como uma das melhores de todos os tempos. Eu guardo, sim, uma lembrança muito boa daquele time”, completou, na reportagem da Folha.

Opinião diferente de outra testemunha da tragédia de 1982. “Guardo más recordações do Sarriá”, revelou abertamente à mesma Folha Moraci Sant’anna, preparador físico do São Paulo à época e membro da comissão técnico do Brasil na Copa da Espanha.

Nove anos depois, Telê Santana voltou ao Sarriá. E venceu: 4 a 2 (dois de Raí e dois de Baiano – lembra dele, torcedor são-paulino!?). Mas não só isso: Telê triunfou oferecendo aos presentes o bom futebol, obsessão e marca registrada de toda sua carreira de treinador.

“O São Paulo, atual campeão em seu país, não somente ofereceu detalhes de grande pureza futebolística, mas colocou em evidência as falhas de um Espanyol que não ofereceu excessivas garantias de evitar à sua torcida os grandes sofrimentos que parecem povoar as arquibancadas do Sarriá”, relatou o Mundo Deportivo, no dia seguinte ao amistoso, válido pelo Troféu Cidade de Barcelona.

Telê saiu feliz. “Viu-se uma grande partida, apesar de nós estarmos cansados pelo grande número de jogos que temos disputado. Estou especialmente satisfeito porque, para marcar quatro gols, sempre se deve criar muitas oportunidades”, disse.

Ainda que por um efêmero átimo de existência, Telê pôde se esquecer daquele 5 de julho de 1982.

No ano seguinte, o seu São Paulo repetiria a dose: 2 a 1, no mesmo Espanyol, pelo mesmo Troféu Cidade de Barcelona. No mesmo Sarriá.

Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

Fontes e +MAIS:

– Acervo Folha

– Wikipedia

– Wikipédia

– blogsoberanoarruda.blogspot.com.br

– hemeroteca.mundodeportivo.com

– rsssfbrasil.com

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