Há 185 anos… dia 3 de agosto de 1829.
Mesmo que você conheça pouco ou nada de música clássica/erudita, é quase impossível que não tenha ouvido parte de “Guilherme Tell”, a última ópera de Gioachino Rossini. O famoso finale da abertura, “Marcha dos Soldados Suíços”, está em filmes (“Laranja Mecânica”, de Kubrick, por exemplo), desenhos animados, propagandas, programas de TV… Tem até toque de celular!
Hoje faz 185 anos que Rossini apresentou a peça de quatro atos, na Sala Le Peletier do Paris Opéra, na capital francesa. Três performances depois, a ópera começou a sofrer alterações e cortes, por causa da longa duração (quatro horas) e de outros aspectos da produção. Após um ano de apresentações, reduziram-na a três atos.
Dizem que questões políticas também influenciaram. O conteúdo do libreto de Étienne de Jouy e Hippolyte Bis, baseado na peça de Friedrich Schiller, causou polêmica.
Na Itália, a glorificação de um herói que luta contra as autoridades não era vista com bons olhos. Lá, o número de produções foi drasticamente cortado. Já em Viena, apesar de certa censura, “Guilherme Tell” foi contemplada com 422 apresentações entre 1830 e 1907.
A peça também teve performances em Londres e Nova York ao longo do século 19. Na segunda metade do século 20, ganhou novas e grandes produções, em tradicionais cidades da ópera na Europa.
O début há quase dois séculos teve condução de François Habeneck, regente de várias e destacadas óperas em Paris.
Depois de “Guilherme Tell”, Rossini iniciou longo período de reclusão. A morte da mãe, em 1827, e do pai, doze anos mais tarde, o afetaram profundamente.
Ele morreria aos 76 anos, em Paris, como um dos grandes compositores clássicos.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Ouça o famoso finale da abertura de “Guilherme Tell”:
Fontes:
efemérides do éfemello 