Há 180 anos… dia 29 de julho de 1836.
Na Guerra Franco-Prussiana, o exército “inimigo”.
Na Primeira Guerra, o exército francês.
Na Segunda Guerra, primeiro Hitler. Depois, Charles de Gaulle.
Todos tiveram a honra de passar sob o imponente Arco do Triunfo.
Menos o seu idealizador.
Napoleão Bonaparte não conseguiu. Ao menos em vida.
Em 1840, quase duas décadas após o falecimento em Santa Helena, um desfile com os restos mortais do general e imperador francês passou sob o Arco, a caminho da sepultura definitiva, no Hotel des Invalides.
À essa altura, o monumento concebido em celebração às vitórias militares dele já tinha 4 anos de existência. A inauguração oficial aconteceu em 29 de julho de 1836, em cerimônia liderada pelo rei Luís Felipe I.
A construção foi iniciada, obviamente, durante o Primeiro Império Francês de Napoleão, mais precisamente em 1806, após a vitória em Austerlitz. Ele queria algo grandioso para ressaltar suas conquistas militares.
Inspirado nos arcos construídos pelos romanos, o Arco do Triunfo foi projetado pelo arquiteto Jean Chalgrin, que, por sua vez, se baseou em outro monumento de Paris, o Porte St-Denis, erguido entre 1671 e 1674.
Nos primeiros dois anos, somente os alicerces foram terminados, dadas as gigantescas proporções da obra – 50 metros de altura, 45 metros de largura e 22 metros de profundidade.
Em 1811, com a morte de Chalgrin, Jean-Nicholas Huyot assumiu o comando da construção, interrompida três anos mais tarde, no início da Restauração Francesa. As obras só seriam retomadas em 1833 e terminadas três anos depois.
Em 1919, com um biplano, o aviador francês Charles Godefroy conseguiu a façanha de passar sob o Arco do Triunfo, por ocasião de homenagem aos colegas mortos na Primeira Guerra Mundial.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Imagens do Arco do Triunfo nos dias de hoje:
Fontes e +MAIS: