O segundo melhor draft da História da NBA

Há 20 anos… dia 26 de junho de 1996.

O segundo melhor draft da História da NBA

POR ARTHUR MELLO*

O draft da NBA sempre foi cercado de muita expectativa e acompanhado com muita atenção. É possível até afirmar que seja o dia mais importante da temporada. Enquanto o dia da final coroa a campanha de um time, as escolhas feitas no draft podem determinar o nascimento de uma dinastia.

A ordem das escolhas é fundamental. Antigamente a prioridade era decidida em um cara ou coroa. Em 1979, os Lakers ganharam do Chicago Bulls e escolheram um jovem armador de Michigan chamado Earvin Johnson. Em 1997, depois de uma temporada regular terrível, o San Antonio escolheu em primeiro lugar um jovem de Wake Forest de nome Tim Duncan. Em 1984, Houston Rockets e Portland Trail Blazers deixaram escapar um armador da Universidade da Carolina do Norte. Um tal de Michael Jordan. Todos sabemos como essas histórias terminaram.

O ano de 1996, antes mesmo das escolhas serem feitas, era considerado o do draft mais talentoso desde a mítica classe de 1984, que contou com Jordan, Barkley e Stockton ( e um brasileiro chamado Oscar).

Eu jogava basquete na época e meu técnico tinha me mostrado, um ano antes, uma foto de um armador universitário. Ele tinha me falado que Allen Iverson era o favorito para ser o primeiro escolhido. Achei estranho: o cara tinha exatamente a minha altura, 1,83m. Que erro.

O genioso armador com um apelido nada usual – “The Answer” – teve uma carreira brilhante ao longo de quase 20 anos na liga. Em sua temporada como rookie, teve um momento memorável contra os Bulls de Michael Jordan, aplicando um crossover épico no maior de todos.

 

A classe de 96 ainda contou com nomes como Marcus Camby, Antoine Walker, Stephon Marbury e Ray Allen, este o maior arremessador da linha de 3 pontos atualmente. O debate e a polêmica na comparação com o ano de 1984 não existiria não fosse uma escolha feita pelo Charlotte Hornets, que aparentemente passaria despercebida em um draft com tantos talentos.

O popular time da Carolina do Norte já tinha se comprometido com os Los Angeles Lakers. Naquele dia, os Hornets levariam para casa o talentoso pivô sérvio Vlade Divac em troca de escolherem um jovem com nome de cidade japonesa, recém-saído do colegial, e filho de um ex-jogador profissional. Kobe Bryant foi escolhido e negociado na sequência com os Lakers. Jerry “o Logo” West arquitetou a escolha responsável por criar as bases de uma dinastia.

Kobe, mesmo com 18 anos, já demonstrava a gana e o talento tão celebrados até o fim desta atual temporada, a sua última. Começando como reserva, nunca se furtou a assumir as responsabilidades. Pedia a bola e arremessava com convicção, mesmo que o resultado fosse um air ball em final de conferência.

É difícil afirmar se Kobe jogaria em outro time. As negociações com Jerry West foram sempre muito claras. Seu desejo era jogar em Los Angeles. Mas se até hoje o Portland é ridicularizado por ter escolhido Sam Bowie à frente de Michael Jordan, o que dizer dos 11 times que ignoraram o talento de Bryant?

* Arthur Mello acha que o draft de 1984 foi o melhor da História da NBA. 

As primeiras 20 escolhas do draft de 1996:

O Draft de 1996, na íntegra:

+MAIS:

Wikipedia

– nba.com(1)

– nba.com(2)

– bleacherreport.com

– foxsports.com

– si.com

– theplayerstribune.com

– basketball-reference.com

– basketball-players.pointafter.com

– thesportster.com

– timeoutbr.com.br

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