Há 20 anos… dia 2 de março de 1996.
Hoje, eles seriam mais que quarentões.
O irreverente e elétrico Dinho estaria a três dias dos 45. A idade de Bento, o competente e contido guitarrista. Sérgio, o baterista, teria 46, enquanto o irmão e baixista Samuel, mais novo do grupo, completaria 43 no dia 11. E Júlio, o tecladista das caretas e cabelos coloridos, já caminharia para as cinco décadas de existência, com 48.
Impossível deixar de imaginar como estariam os Mamonas Assassinas se o Learjet que os levava na noite de 2 de março de 1996 não caísse sobre a Serra da Cantareira.
Ainda estariam juntos? Quantos discos já teriam gravado? Conseguiriam se manter nos holofotes fazendo música com humor? Sucumbiriam à mais superexposição? Sobreviveriam ao MP3? Como se comportariam na era das mídias sociais? E no meio da caretice institucionalizada que tomou conta do Brasil?
Muitas perguntas…
Duas décadas após o trágico fim, a banda permanece no imaginário nacional, seja pelas inconfundíveis músicas como “Vira-Vira”, “Pelados em Santos” ou “Robocop Gay”, seja pelos exóticos figurinos de Chapolins, presidiários, He-Man, Star Trek, Batman ou Robin, ou por qualquer outra razão. Não importa.
Os Mamonas ficaram.
E têm até uma nova legião de fãs, que nem nascidos eram à época do acidente, como mostra reportagem de Angela Boldrini na Folha, em recordação pela triste efeméride.
Fenômeno do passado e do presente. Com 8 meses de existência e apenas um álbum lançado (com menos de 40 minutos de duração), venderam 3 milhões de discos e conquistaram um país inteiro, com turnês frenéticas Brasil afora (só não tocaram no Acre e Tocantins!).
Um cometa de humor e música que deixou marcas.
É sempre triste quando pessoas tão jovens partem cedo demais.
Plantão da Globo com a morte dos Mamonas:
Fontes e +MAIS: