O futebol se despede de Djalma Santos

Há 45 anos… dia 21 de janeiro de 1971.

“Após os primeiros 45 minutos Djalma Santos, aplaudido pelos jogadores do Atlético e Grêmio de Porto Alegre, descalçou suas chuteiras e deu a volta olímpica com ela nas mãos.”

Pés descalços, semblante sereno, porte elegante, alma leve.

Assim o Cristo Negro disse adeus ao futebol. Assim o futebol se despediu de um de seus maiores filhos.

Às portas dos 42, Dejalma Pereira Dias dos Santos colocou ponto final a uma trajetória de 23 anos atrás da bola. Uma extraordinária estrada, percorrida com elegância, altivez, alegria, beleza e infindáveis feitos.

Portuguesa, Palmeiras, Atlético-PR. Seleção Brasileira! Djalma Santos foi e é ídolo inconteste e unânime de toda camisa que envergou.

Pelo Brasil, foram 98 jogos oficiais, 3 gols, quatro Copas do Mundo e duas taças, em 1958 e 1962. Faz parte da era de ouro do futebol brasileiro. Faz parte da História do Brasil.

Quatro décadas e meia atrás, o estádio Durival de Britto, a conhecida Vila Capanema, em Curitiba, foi palco da última página de Djalma.

“Ele foi o primeiro a entrar em campo, aplaudido delirantemente por todos os torcedores, cronistas, autoridades e mil garotos mascotes do Atlético Paranaense. Coube ao Grêmio Portoalegrense a honra de participar da despedida de um dos maiores zagueiros do mundo. Mesmo com seus 42 anos de idade Djalma Santos foi a maior figura em campo, dando um ‘banho’ de bola no ponteiro gaúcho Loivo”, relatou o correspondente da Folha no Paraná, na edição de 23 de janeiro.

De fato, o Lord, como também ficou conhecido, queria marcar o epílogo com a mesma regularidade e brilho de toda a carreira.

“A gente via que o Djalma queria deixar uma última impressão boa. Era uma festa, mas ele encarava como uma partida qualquer, valendo pontos para o campeonato. E jogou muito bem, no mesmo nível dos quase três anos em que fomos companheiros”, disse Sicupira, maior artilheiro da história do Atlético (158 gols), em matéria da Gazeta do Povo (link abaixo).

Ele deixou o campo no intervalo, recebeu homenagens, deu entrevistas e percorreu a última volta olímpica como jogador de futebol. Com a eterna camisa 2 às costas, Djalma Santos se despediu dos torcedores do Atlético-PR, em que atuou por três temporadas, conquistando o título do estadual de 1970 – tirando o clube de uma fila de 12 anos.

Na sequência, logo assumiu o cargo de treinador do Furacão, mas desistiu da carreira no banco de reservas e preferiu se dedicar a ensinar futebol para meninos.

Djalma Santos partiu em 2013, aos 84 anos.

Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

Fotos do post: Retiradas da reportagem da Gazeta do Povo. De autoria de José Eugênio de Souza, Sérgio Sade e Joel Petroski / O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná.

Vídeo com lances de Djalma Santos em Copas do Mundo:

Fontes e +MAIS:

– gazetadopovo.com.br

– Acervo Folha

– acervo.estadao.com.br

– esportes.terra.com.br

– ocuriosodofutebol.com.br

– tuttomercatoweb.com

– furacao.com

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