Há 15 anos… dia 26 de dezembro de 2000.
Filho de ator de teatro e de cinema, Jason Nelson Robards Jr. seguiu o mesmo caminho. E teve brilhante trajetória nos palcos, nas telas e também na televisão.
A carreira começou em meados dos anos 1950, quando após servir a Marinha americana na Segunda Guerra Mundial, Robards estreou em espetáculo off-Broadway. De cara, foi premiado.
A partir de então, foram mais de 20 peças e muitos prêmios. Dedicou-se, em especial, à obra do renomado dramaturgo Eugene O’Neil. Em 1959, foi agraciado com o Tony Awards de Melhor Ator, pela performance em “The Disenchanted”, na única vez em que contracenou com o pai.
No mesmo ano, estreou no cinema. A consagração pela Academia veio em dois anos consecutivos, 1976 e 1977, quando Robards conquistou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelas atuações em “Todos os Homens do Presidente” e “Julia”, respectivamente.
Apesar da sólida carreira nas telonas (e também na TV), sempre deixou clara e explícita a sua paixão pelo teatro.
“Eu prefiro muito mais estar no palco. Eu faço filmes, mas realmente estive no palco a maior parte da minha vida. Não é apenas uma experiência emocional, mas também é uma comunicação. É a satisfação de dizer algo sobre a condição humana por meio da atuação, com os atores trabalhando como o instrumento, para depois ouvirem a resposta do público”, afirmou, certa vez.
Teatro, cinema e TV, Robards se manteve ativo até o fim de sua vida. Atuou nos palcos até meados dos anos 1990, fez cinema até quase o ano 2000, quando também encerrou sua carreira na televisão. À época, já lutava contra um câncer de pulmão, causa de sua morte.
O último papel no cinema, aliás, foi no papel de um paciente terminal de câncer, no intrigante e ótimo “Magnólia”, de 1999. Minimalista, tem atuação precisa e sensível na pele de um pai arrependido pelos atos com seus próximos ao longo da vida.
Segundo o IMDb, Jason Robards está em um seleto grupo de nove atores ganhadores da chamada Tríplice Coroa (Oscar, Tony e Emmy). Em sua companhia, nomes como Al Pacino, Christopher Plummer e Jeremy Irons.
“Ele foi o último de uma raça de atores que dedicaram uma vida no teatro. Sem pedir pelo papel, ele foi o nosso estadista mais velho”, disse o ator Kevin Spacey, após o falecimento de Robards, 15 anos atrás.
Morreu aos 78 anos, em Connecticut, Estados Unidos.
Trechos de “Todos os Homens do Presidente”:
Fontes e +MAIS:
– IMDb