Há 1 ano… dia 10 de novembro de 2014.
No site oficial do Pink Floyd, na página com a discografia completa, não figura The Endless River.
“Mas faz só 1 ano que o disco foi lançado! E na home ainda tem a capa, que te leva ao material especial sobre o 15º trabalho deles. Depois, vão incluir o álbum, certeza!”, pondero, em voz alta. “E, provavelmente daqui alguns dias, essa abertura de texto estará furada”, continua a minha voz da consciência!
(Atualizando: 1 ano depois da publicação do post, o álbum está lá!)
Tudo verdade. Mas não deixa de ser simbólico The Endless River não estar entre os outros. Na opinião deste mero escriba, nem deveria. Tinha de estar em um link à parte.
O “filho temporão” é o posfácio do Pink Floyd. O epitáfio.
Por várias razões, mas, principalmente, pelo conteúdo e pelo significado.
No conteúdo, sobras de gravação do verdadeiro réquiem do grupo, The Division Bell – aqui brilhantemente resenhado e esmiuçado pelo Felipe Figueiredo Mello! Ainda que soe como uma sequência do disco de 1994, Endless River tem o tempo contra si.
“Sem meias palavras, isto é para quem quer colocar seus fones de ouvido, relaxar e se aprofundar em um som por um longo período de tempo. Podemos dizer que não é para a geração que baixa uma música por vez no iTunes”, disse David Gilmour, sobre o derradeiro do grupo.
No significado, uma homenagem ao gigantesco Richard Wright, o gênio silencioso por trás das teclas e de muitas das obras-primas do Pink Floyd, que partiu em 2008. Teclas presentes no álbum, já que Wright participou de Division Bell.
“Acho que esse álbum é uma boa maneira de reconhecer que muito do que ele faz e como ele toca foi a essência do som do Pink Floyd. Escutando de novo, as sessões mostram o instrumentista especial que ele foi”, disse Nick Mason.
É claro que parte da crítica deu seu jeito de meter o pau no álbum. Fã confesso e ardoroso que sou, prefiro terminar com as bonitas e sensíveis palavras do já mítico David Fricke, da Rolling Stone.
“Esse álbum é um inesperado e bem-vindo epitáfio”.
É isso.
Viva o Pink Floyd e seu rio sem fim.
The Endless River:
Fontes e +MAIS:
– nme.com