Há 55 anos… dia 18 de agosto de 1960.
Há uma passagem na ótima minissérie Anos Rebeldes que ilustra bem o choque de gerações e a revolução provocados pelo surgimento da pílula anticoncepcional.
Damasceno, interpretado por Geraldo Del Rey, encontra uma caixinha na bolsa da filha, Maria Lúcia (Malu Mader). Chocado e aborrecido, ele sai de casa em uma noite de chuva e fica três dias sem falar com a filha. O diálogo de reconciliação, em que o pai admite o erro, reconhece a dificuldade em assimilar as transformações frenéticas daqueles tempos e pede perdão à filha, é lindo. Veja aqui!
Hoje, há exatos 55 anos, a primeira pílula contraceptiva chegou às farmácias e drogarias dos Estados Unidos. A Enovid-10 – ou Enovid-R – foi um sucesso absoluto, como lembra reportagem da revista Time.
Segundo a publicação, somente no primeiro ano, mais de 400 mil mulheres procuraram o médico para pedidos de receitas. E isso apesar do alto custo, já que uma cartela para o mês saía ao preço de US$ 10 dólares – o equivalente a US$ 80, nos dias de hoje.
O curioso é que o revolucionário método anticoncepcional foi criado meio por acaso. Na verdade, pesquisadores estudavam caminhos para combater a esterilidade feminina. Acabaram encontrando uma forma de impedir a gravidez, o que gerou uma Revolução Sexual e comportamental, principalmente, claro, entre as mulheres.
Na época, as pílulas tinham muitos efeitos colaterais, como aumento de peso, dores nos peitos e distúrbios vasculares. Atualmente, além de existirem várias opções à venda, surgiram outras alternativas às de via oral, como a vacina mensal ou trimestral.
Em 1999, chegou ao mercado a chamada “pílula do dia seguinte”, um contraceptivo de emergência que precisa ser tomado até 72 horas depois da relação sexual.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Vídeo sobre a história da pílula anticoncepcional:
Fontes e +MAIS:
– time.com
– fda.gov