Há 10 anos… dia 27 de abril de 2005.
Não foi na quente Cidade Maravilhosa, mas na fria Terra da Garoa.
Não foi no Maraca, mas no também lendário Paca – o Pacaembu, que completava 65 anos naquele dia e hoje faz 75!
Não foi contra Argentina, Uruguai, Itália ou Alemanha, mas diante da fraca Guatemala.
Não foi na companhia de craques a que ele estava acostumado a jogar.
Foi, enfim, como tinha de ser.
Há 10 anos, o Paulo Machado de Carvalho lotou para ver um dos maiores de todos os tempos se despedir da camisa que melhor lhe vestiu, que melhor ele vestiu: a da seleção brasileira.
Aos 39 anos, já de cabelos grisalhos, mas ainda genial, Romário disse adeus à sua 11. Não sem deixar o seu, claro!
O último dos 71 gols em 85 partidas pelo Brasil (55 gols em 70 jogos oficiais).
Aos 16 minutos, escorou cruzamento milimétrico de Ricardinho e saiu pro abraço. Homenageou a filha Ivy e foi carregado pelos companheiros. Celebrou de braços abertos, a marca registrada. Redentor Romário.
Vinte e dois minutos depois, foi substituído por Grafite. O então atacante do São Paulo, aliás, acabou fechando a conta do jogo, fazendo o terceiro do Brasil, aos 20 do segundo tempo (o zagueiro Ânderson tinha aberto o placar, logo aos 5 da etapa inicial).
Antes da volta olímpica aos gritos de “tetracampeão” da massa, o gênio da grande área – boa, Cruyff! – foi saudado por todos os jogadores e recebido por companheiros de tetra. Viola, Raí, Dunga, Branco e Paulo Sérgio deram caloroso abraço no Baixinho.
Foi, enfim, como tinha de ser: uma bonita e merecida homenagem a um craque único.
Este escriba era um dos 36.235 presentes no Paulo Machado de Carvalho. Nem imaginava que, dez anos depois, recordaria em texto sobre aquela fria noite de outono paulistano…
Como não imaginava estar presente para ver o último gol do Baixinho no Maraca…
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
A despedida de Romário pela seleção brasileira:
Fontes: