Dia 17 de dezembro.
Os quatro principais institutos de pesquisa apontavam: Fernando Collor de Mello é o novo presidente do Brasil.
Manchetes de Folha e Estadão de 18 de dezembro se basearam nos levantamentos de boca de urna para confirmarem a vitória de Collor.
“Fernando Affonso Collor de Mello, carioca, 40 anos, deve se transformar hoje no mais jovem presidente eleito da história do país e tomar posse em 15 de março de 1990 como o 36º cidadão no cargo”, dizia o jornal dos Frias.
“Pesquisas de boca de urna de três institutos coincidem numa previsão: Fernando Collor de Mello, carioca de 40 anos, ex-prefeito de Maceió e ex-governador de Alagoas, candidato do PRN, será o 29º brasileiro a ocupar constitucionalmente a presidência da República”, ressoava o veículos dos Mesquita.
Os resultados do boca de urna:
– Datafolha: Collor 51,5% X 48,5% Lula
– Gallup: Collor 48,1% X 45,5% Lula
– Ibope: Collor 50% X 47% Lula
– Vox Populi: Collor 50% X 46% Lula
Três dias depois, o resultado oficial seria divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): Collor obteve 49,94% dos votos (35.089.998), enquanto Lula ficou com 44,23% (31.076.364).
4 milhões de votos. A mais apertada diferença em uma eleição presidencial (até o pleito deste ano, em que Dilma bateu Aécio por margem de 3,4 milhões de votos).
Uma disputa acirrada, agressiva, polêmica. Que agitou um Brasil sedento por democracia. Que revelou as relações nem sempre morais e éticas entre poder e imprensa. Que entrou para a História.
Três anos depois, Collor desceria a rampa do Planalto. Ele, que entrara nos livros como o mais jovem presidente, acabou se tornando o primeiro a sofrer impeachment.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Nota: aos que acompanharam o Especial Eleições de 89, fica o singelo “obrigado” do éfemello.
Fontes: