Há 25 anos… dia 16 de dezembro de 1989.
A tarde quente e ensolarada era cenário propício para a vitória, o único resultado que interessava.
A massa de 71.552 são-paulinos – incluindo este que vos escreve – era apoio fundamental.
Afinal, do outro lado estava a “SeleVasco”, de Bebeto, Quiñonez, Boiadeiro, Bismarck, o franco favorito para calar a multidão e dar a volta olímpica em pleno Morumbi.
Com campanha melhor, tinha a vantagem de dois empates ou uma vitória em dois possíveis duelos. A confiança era tanta que o clube carioca escolheu jogar fora de casa, pois vivia momento mágico longe do Maracanã.
Crônica de um título anunciado.
O camisa 7 Sorato silenciou o Cícero Pompeu de Toledo, aos 5 minutos do segundo tempo. Uma cabeçada forte e fulminante, após lindo centro de Luís Carlos Winck. Bola na rede de Gilmar. Festa da pequena torcida cruzmaltina presente.
“Procurei aproveitar bem a oportunidade que apareceu. Mas acho que valeu a garra da nossa equipe, a união e a disposição durante os 90 minutos”, disse o jovem herói do triunfo do Vasco.
Depois, Acácio tratou de pegar tudo, como fizera na etapa inicial. Claras oportunidades de Ney, Bobô, Tilico, Edivaldo pararam na muralha vascaína. A equipe de Nelsinho Rosa ainda desperdiçou contra-ataques valiosos, mas soube administrar a vantagem para comemorar o segundo título brasileiro de sua história.
Ao final, os anfitriões tiveram que aturar o vice-presidente Eurico Miranda comandar o desfile da festa junto com os jogadores e a taça.
Após longo hiato de 15 anos entre a primeira e a segunda conquista, o Vasco não demoraria a vencer outro Campeonato Brasileiro, em 1997, naquele timaço que tinha Edmundo e Evair no ataque.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Nota “triste”: a transmissão da Globo marcou a estreia de Arnaldo Cezar Coelho na fatídica função de comentarista de arbitragem, uma praga que tomou conta da televisão brasileira.
Melhores momentos da final do Campeonato Brasileiro de 1989:
Fontes: