Dia 7 de julho
A Fifa confirmou o que todos esperavam: Leonardo foi suspenso por 4 jogos e não jogaria mais a Copa de 94. A cotovelada no americano Tab Ramos tirou o lateral-esquerdo de uma eventual final.
Assim, nascia um enigma. A entrada e improvisação de Cafu na esquerda, no meio do segundo tempo diante dos americanos, indicava a dúvida de Carlos Alberto Parreira sobre o substituto de Leonardo.
“Vou ser titular de qualquer maneira”.
Branco foi claro. Na viagem de volta do estádio de Stanford, onde o Brasil tinha vencido os EUA por 1 a 0, rumo à concentração da seleção, em Los Gatos, o reserva deixou o seu recado ao comandante brasileiro. Queria jogar contra a Holanda, no dia 9, em Dallas.
A seu favor, segundo ele, contavam a experiência – disputara duas Copas do Mundo, em 1986 e 1990 – e o chute forte de fora da área (!). Um presságio.
Do outro lado, Parreira e comissão técnica temiam a falta de ritmo de Branco, sem jogar desde 12 de maio, no amistoso contra El Salvador, antes da Copa.
O último treino na Universidade da Califórnia foi cercado de mistério e tensão. Ao final da atividade, os jogadores foram impedidos de dar entrevistas. Somente Parreira e Zagallo falaram com a imprensa.
Uma coisa, no entanto, se sabia: Branco atuou como titular no treino e era o mais cotado diante dos holandeses.
Depois do treinamento, a delegação embarcou para o Texas.
Sob tensão, dúvida e pressão.
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