Dia 6 de julho
Oito times.
Quatro jogos.
De um lado, Brasil x Holanda e Suécia x Romênia.
Do outro, Alemanha x Bulgária e Itália x Espanha.
A Copa dos Estados Unidos chegava à fase de quartas de final com seleções de peso e algumas surpresas.
O dia de pausa no mundial da Terra do Tio Sam dava espaço para palpites, projeções e muita expectativa.
No noticiário da seleção brasileira do dia 6, três grandes assuntos: a suspensão de Leonardo, fora da Copa pela cotovelada em Tab Ramos, a dúvida de quem seria o seu substituto e, por fim e principalmente, o parco futebol apresentado na epopeia diante dos donos da casa, com um possível racha entre Parreira e seus comandados.
O Estadão, por exemplo, estampava como manchete do caderno Copa: “Romário volta a exigir mudanças”. A coluna de Armando Nogueira abordava a discordância de opiniões entre o Baixinho e Carlos Alberto Parreira sobre o futebol da seleção nas oitavas. Enquanto o craque dizia que era preciso melhorar muito, o técnico se mostrava satisfeito com o 1 a 0 no sufoco.
A Folha era ainda mais dramática. “Revolta ameaça Brasil na 3ª fase” era o título do caderno da Copa de 94. A reportagem mostrava diálogo entre o reserva Müller e o treinador brasileiro após o jogo contra os americanos, no qual o então jogador do São Paulo discutia sobre o desempenho do time em campo e argumentava que não seria possível ser campeão com aquele futebol.
A três dias da partida contra a Holanda, o Brasil parecia dividido, segundo a visão dos jornais paulistanos.
Porém, o mágico enredo diante dos holandeses, com nova épica jornada, fortaleceria a seleção rumo ao tetra.
Logo mais a gente conta essa história aqui no Especial da Copa de 94!
Fontes: