Dia 8 de julho
Ainda não era oficial. Mas todos cravavam: Branco vai jogar contra a Holanda, pelas quartas de final da Copa de 94. Folha e Estadão confirmavam o então lateral do Flu como o escolhido por Parreira para substituir Leonardo, fora do mundial. Os jornais acreditavam que o técnico não arriscaria improvisar Cafu novamente na esquerda, como fizera durante a vitória contra os americanos, nas oitavas.
De fato, tudo indicava para a entrada do ex-titular. Após o único treino realizado em Dallas, local do jogo, Branco falou com os jornalistas com a confiança de que estaria no time para pegar os holandeses. “Se precisar de mim ele sabe, estou pronto”, afirmou, positivo. E ainda minimizou o possível calor na hora do duelo, que poderia atrapalhar seu desempenho, já que não atuava há muito tempo. ” O calor? Está terrível, deve ser difícil no jogo, mas os holandeses também vão sofrer”, pontuou.
Além da certa escalação de Branco, Folha e Estadão especulavam sobre nova alteração na equipe titular: Raí, o ex-capitão, poderia retornar ao time na vaga de Zinho. O pensamento de Parreira seria reforçar o lado esquerdo da defesa com Mazinho, que auxiliaria Branco na marcação ao rápido Overmars. Raí ficaria livre para encostar nos atacantes Bebeto e Romário.
Overmars não era a principal preocupação da seleção brasileira, mas sim Koeman, o altivo líbero da Laranja Mecânica. Romário conhecia o companheiro do Barça e, inclusive, fizera uma aposta com o holandês e com o búlgaro Stoichkov, antes da Copa: ganharia o trato quem ficasse em melhor posição no mundial da Terra do Tio Sam. O Baixinho levaria mais essa!
Do lado holandês, aliás, também havia apreensão e dúvida. O técnico Dick Advocaat não sabia se promovia a volta de Wouters na marcação do meio-campo ou se mantinha a dupla Witschge e Winter. “Ainda não decidi qual a escalação. Isso só no sábado”, despistou Advocaat.
Esse era o clima, a um dia do jogaço no Cotton Bowl.
Amanhã a gente conta essa história aqui no Especial da Copa de 94!
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