Há 40 anos… dia 9 de maio de 1974.
No palco, um jovem trovador de 24 anos, dois álbuns já lançados, mas na luta por um lugar ao sol.
Na plateia, um jornalista de quase 27, conhecido pelas resenhas na Rolling Stone, mas cansado, na luta por algo que lhe devolvesse a juventude agonizante.
No meio do caminho, a música. O futuro.
Um encontro que mudaria a vida dos dois, trovador e jornalista.
Na noite de 9 de maio de 1974, Bruce Springsteen entra em cena no Harvard Square Theater, em Boston, para abrir o show da grande atração, a cantora de blues Bonnie Raitt. Estava lá para promover o segundo disco, The Wild, the Innocent and the E Street Shuffle.
Na noite de 9 de maio de 1974, Jon Landau está na plateia do Harvard Square Theater, em Boston, para cobrir o show da grande atração, a cantora de blues Bonnie Raitt. Estava lá em busca de alguma coisa, “qualquer coisa que se sinta” (Pode, Arnaldo?).
Músico e produtor fracassado, virara jornalista especializado em música. Recém-casado, casa nova, a cinco dias de completar 27 anos, desiludido. Com a música, com a vida. Onde estava aquele som pelo qual se apaixonara? E que mundo adulto era aquele que batia à sua porta, com obrigações chatas e mesquinhas?
Então, Springsteen começou a cantar. E tudo mudou para Landau.
Poucos dias depois, ele escreveu no jornal The Real Paper, de Boston (e vai sem tradução, pra sentir mais emoção!):
“I saw my rock ‘n’ roll past flash before my eyes. And I saw something else: I saw rock and roll future and its name is Bruce Springsteen. And on a night when I needed to feel young, he made me feel like I was hearing music for the very first time.”
Pronto. Estavam selados os destinos do trovador e do jornalista.
Jon Landau se tornou produtor e agente de Bruce Springsteen. Ajudou na finalização do terceiro álbum, Born to Run, que fez a carreira de Bruce decolar de vez.
Depois… Bem, depois o trovador virou “The Boss”. E o jornalista seguiu com ele por muito tempo…
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
“New York City Serenade”
Fontes: