Há 160 anos… dia 28 de fevereiro de 1854.
A festa ainda se chamava “Entrudo”. Era uma brincadeira trazida pelos colonizadores portugueses nos séculos 17 e 18.
Dentro dos palácios e casarões do Rio de Janeiro, famílias ricas travavam “batalhas” de água, perfumes, flores e outros líquidos. Nas ruas, a coisa era mais suja, digamos: xixi e até sêmen eram usados como “munição”.
Então, resolveram “civilizar” a folia!
Já eram tempos de Dom Pedro II, que queria pôr ordem no Brasil.
Assim, o chefe da polícia do Rio, Alexandre Joaquim de Siqueira, baixou determinação para acabar com a farra do “Entrudo”. A ordem é que a brincadeira não teria líquido, para não estragar as roupas dos foliões e para evitar confusões.
O “Entrudo” politicamente correto ficou chato.
Em substituição, desfiles com carros alegóricos. Puxadas por animais (cavalos, burros), as carruagens cheias de gente enfeitada passavam pelas ruas e agitavam a festa. Agora, as famílias ricas e o povo paravam para ver o cortejo. E jogavam flores para saudar os carros!
Para incrementar a folia, tambores marcavam o ritmo.
A marchinha, verdadeiro patrimônio do Brasil, só nasceria em 1899, quando Chiquinha Gonzaga lançou “Ó Abre Alas”.
Depois nasceram os cordões, os blocos e as escolas!
Mas essa(s) história(s) fica(m) pra outro carnaval… Porque todo carnaval é histórico!
Viva o Carnaval! Boa folia!
Ouça “Ó Abre Alas”, na voz de Dircinha e Linda Baptista:
Fontes: