Vinicius e Baden firmaram uma parceria em que reinou a diferença.
O encontro se deu pela oposição. E marcou, à ferro e fogo, cada um deles.
Vinicius e Baden se enfeitiçaram um pelo outro.
Quando o poeta partiu, em 1980, Baden já tinha carreira solo consolidada e era bem conhecido na Europa, principalmente na França e na Alemanha, países onde morou por muito tempo.
Baden nunca esqueceu Vinicius. Em 1983, ele expressaria o seu luto em forma de música.
Conta José Castello:
No mesmo ano, três anos portanto após a morte de Vinicius, todo vestido de branco como estaria o poeta numa ocasião assim, Baden se vira para a plateia e grita: “Volta, Vinicius!”. E, enfatizando seu lamento, continua: “Sem você, meu Vinicius, eu não sou ninguém! Sem você, meu parceiro, eu não sou ninguém!”. O pranto, em forma de refrão, se tornaria depois uma marca registrada dos shows do violonista. O luto talvez jamais tenha terminado.
Baden reencontrou o parceiro Vinicius em 2000. Na banheira do céu, o poeta o recebeu com um copo de whisky e um violão.
Veja Baden Powell cantando “Samba em prelúdio” no programa Ensaio, da TV Cultura:
Fontes: