Há 35 anos… dia 7 de outubro de 1978.
Uma estreia com gol de bicicleta, em que o craque se mostra por inteiro, sem segredos ou insinuações, e deixa na torcida o sentimento de expectativa: “o que vem depois?”
Assim é o primeiro álbum do Dire Straits.
“Sultans of Swing”, o gol de bicicleta, a melhor e mais representativa música da banda britânica.
Eles têm outros sucessos, mais pop e conhecidos, como “Money for Nothing” e “Walk of Life”.
Mas a sexta faixa do disco de estreia é o case do Dire Straits. Tudo está lá: a levada rock/folk, gostosa de ouvir, a bateria suave, o baixo cheio e na medida e as inconfundíveis voz e guitarra do extraordinário Mark Knopfler, com seus solos históricos.
A letra é inspirada em uma banda de jazz que Knopfler viu em um pub de Ipswich, cidade próxima de Londres. Ao final da apresentação, o vocalista anuncia, para o bar vazio: “We are the Sultans of Swing”.
Alcunha sob medida para o Dire Straits.
Além do cartão de visita, o álbum traz a essência dos britânicos.
Com riffs e solos à Mr. Knopfler, “Down to the Waterline” abre com categoria. Com uma batida insinuante, “Water of Love” traz ironia na letra, outra marca da banda (“Yes, I need a little water of love”). Na sequência, um pouco de rock country com “Setting Me Up”.
“Six Blade Knife” é um gostoso blues, em que Knopfler dá mais um show na guitarra minimalista e ainda arrisca vocais à Bob Dylan, uma das mais aparentes influências da banda. Pra fechar o lado A do vinil, todo o suingue dos britânicos em “Southbound Again”.
Virando o disco, depois do gol de bicicleta, “In the Gallery” é um rock blues competente e só. Nada que prejudique o debut do quarteto, fechado com “Wild West End” e “Lions”, ótimas canções-histórias, cativantes e melódicas.
E o que vem depois?
Bom, depois veio Comuniqué, lançado em 1979.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Goodnight, now it’s time to go home.
And he makes it fast, with one more thing:
We’re the Sultans,
We are the Sultans of Swing.
Ouça Dire Straits:
Fontes: