Há 40 anos… dia 5 de outubro de 1973.
O ano de 1973 foi marcado por grandes álbuns, hoje na História da música.
Por aqui, Krig-Ha Bandolo, Secos & Molhados, Pérola Negra…
Lá fora, The Dark Side of The Moon, Houses of The Holy, Catch a Fire,…
…Goodbye Yellow Brick Road!
É a obra-prima da longa carreira de Sir Elton John e foi como uma catapulta para o céu.
Ele já era nome conhecidíssimo do pop/rock, tanto na Europa como nos Estados Unidos, tinha seis álbuns e hits como “Rocket Man” e “Your Song”.
Mas ainda não havia tocado o céu.
Que tal dois meses seguidos no primeiro lugar das paradas britânica e americana?
Goodbye Yellow Brick Road foi sucesso instantâneo de público e crítica.
“É o meu White Album”, diz o músico, com certa arrogância.
Em certos aspectos, tem razão.
Muito se discute sobre o tamanho dos dois, por exemplo. Álbuns duplos são “difíceis”, têm muita informação, são longos, alegam alguns.
Talvez.
Se nascessem somente um, não dois, talvez o disco meio maldito/meio cultuado dos Beatles e a odisseia glam rock de Elton John fossem ainda mais magistrais do que são.
Pois se o álbum branco dos Beatles fosse um só, talvez não existissem “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, “While My Guitar Gently Weeps” ou “Revolution”…
Ou “Funeral for a Friend”, a viagem rock progressivista que abre Goodbye Yellow Brick Road…
Como na vida, o “se” não existe na música.
Só nos resta, então, sentar, abrir bem os ouvidos e o coração e deixar Sir Elton cuidar do resto.
São 80 minutos de rock puro (“Saturday Night’s Alright for Fighting”), soft rock (“Love Lies Bleeding Rock”), glam rock (“Bennie and the Jets”), reggae (“Jamaica Jerk-Off”), pop (“This Song Has No Title”) e muitos estilos misturados e reinventados.
Ah, a faixa-título é uma linda balada.
Goodbye Yellow Brick Road era para ser gravado na Jamaica, assim como outro grande álbum de 1973, Goats Head Soup, dos Stones. Mas a situação política caótica, a luta entre George Foreman e Joe Frazier e problemas nos equipamentos do estúdio em Kingston levaram Elton John e seu parceiro musical Bernie Taupin novamente ao Château d’Hérouville, na França, onde haviam gravado os três últimos álbuns.
A segunda música do disco, “Candle in the Wind”, originalmente uma homenagem de Elton John a Marylin Monroe, foi reescrita e executada no funeral da Princesa Diana, em 1997.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Ouça Goodbye Yellow Brick Road:
Fontes: