Há 40 anos… dia 18 de setembro de 1973.

Na primeira página da edição de 19 de setembro de 1973 do Estadão:
Alemanhas na ONU
As duas Alemanhas foram admitidas ontem à noite, pela Assembléia Geral, nas Nações Unidas, como novos membros da organização internacional.
O texto do correspondente John Macvane dizia que a votação formal havia sido dispensada. O então presidente da Assembleia Geral, o equatoriano Leopoldo Benites, simplesmente anunciou que a Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) e a Alemanha Oriental (República Democrática Alemã) eram os novos membros da ONU.
A História conta que houve muita resistência para que a Alemanha fosse admitida na Organização das Nações Unidas. Por causa da Segunda Guerra Mundial, o país era visto como “inimigo” dentro da organização, fundada em 1945, ainda sob o calor do conflito.
A divisão do país e o início da Guerra Fria só atrasaram o processo. Em 1972, no entanto, o Tratado de Bases entre as Alemanhas possibilitou a admissão dos países na ONU.
Willy Brandt, então chanceler da Alemanha Ocidental, teve papel decisivo para o processo. Com a chamada Ostpolitik, Brandt relaxou as tensões entre as partes e aceitou que as duas Alemanhas pudessem representar o povo germânico na ONU.
Os principais atores do cenário geopolítico da época, de um lado Estados Unidos, Reino Unido e França e do outro a União Soviética, aceitaram os dois Estados como novos membros da organização.
Vinte e oito anos depois da fundação, a ONU admitia as Alemanhas como novos membros.
Por quase 20 anos, as duas nações mantiveram boas relações dentro da instituição, com certo distanciamento, mas nunca com divergências expostas.
Com a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, e a unificação do país, em 1990, a Alemanha passou a ser uma só na Organização das Nações Unidas.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Fontes: