Há 5 anos… dia 4 de setembro de 2008.

Romântico. Mais do que brega, gostava de ser chamado assim.
Hoje, um documentário, um livro e muito preconceito depois, há olhar diferente sobre sua obra.
O brega virou cult.
Eurípedes Waldick Soriano saiu da pequena Caetité, no semi árido baiano, para se tornar um ícone da música romântica.
Foram 40 e muitos anos de carreira e mais de 700 canções.
A mais famosa, “Eu não sou cachorro não”, está “na memória coletiva nacional”, como afirmou Paulo César de Araújo, autor de Eu não sou cachorro, não – Música popular cafona e ditadura militar, livro que faz revisão histórica correta sobre a produção da música romântica no Brasil dos anos 1960 e 1970.
Lavrador, peão, motorista de caminhão, garimpeiro, faxineiro, servente de pedreiro e engraxate.
Antes da fama, do sucesso e do auge na década de 1970, quando era habitué nos programas do Chacrinha e do Silvio Santos, Waldick Soriano foi tudo.
Não teve medo de encarar todo e qualquer obstáculo para vencer na vida.
Vestiu o chapéu e o paletó pretos, os inconfundíveis óculos escuros, encarnou um Durango Kid dos trópicos, um malandro de cabaré do sertão, superou preconceitos e hoje é um ícone.
“Já dei muita porrada por aí, já me meti em muita confusão, já cantei em casa de bacana e em puteiro de beira de estrada. Não me arrependo de nada que fiz nem das marcas que a vida me deixou”, disse, na época do lançamento do documentário dirigido pela atriz Patrícia Pillar, Waldick, Sempre no Meu Coração.
Um câncer na próstata o levou, aos 75 anos.
Deixou seguidores, como o cearense Falcão, que na década de 1990 gravou a versão em inglês de “Eu não sou cachorro não” (“I’m Not Dog No”), que fez grande sucesso.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Waldick Soriano canta “Eu não sou cachorro não” no programa Sabadão Sertanejo, do SBT:
Fontes: