Há 30 anos… dia 30 de outubro de 1987.
Prince lançou Sign O’ the Times.
King Michael mandou a superprodução Bad.
Mas quem roubou a cena do pop, do black, do R&B e do soul foi um branquelo de ascendência grega e cipriota nascido na Terra da Rainha.
Because I gotta to have faith faith
I gotta to have faith, faith, faith
Com fé, muita musicalidade, enorme talento e voz peculiaríssima – além do sex appeal transbordante – Georgios Kyriacos Panayiotou varreu o showbiz.
Não teve pra ninguém.
Faith foi o álbum de 1987.
Sob qualquer ponto de vista.
Comercialmente, é um colosso. Se o sucessor de Thriller vendeu cerca de 35 milhões em números atuais, o debute solo de George Michael não fica nada atrás, com mais de 20 milhões de cópias.
Sob o olhar da crítica, o álbum ganhou peso para ser aclamado em diversas premiações. Os especialistas se apaixonaram.
“Com apenas vinte e quatro anos, Michael surgiu como um dos principais artesãos da música pop, um artesão cuidadoso que combina uma habilidade graciosa para ganchos vocais com uma estranha habilidade de saquear o passado de ideias musicais e ainda soar fresco”, se derreteu Mark Coleman, na Rolling Stone de janeiro de 1988.
Faith também angariou prêmios de alto quilate, como o Grammy de Álbum do Ano em 1989. Nas paradas, teve nada menos do que seis top5 e quatro #1.
Finalmente, mas não menos importante, muito pelo contrário, o disco foi o primeiro de um artista branco a atingir o topo do R&B/Hip-Hop.
“Fiquei muito mais feliz com Faith chegando ao número 1 na parada black do que quando se tornou o primeiro entre os álbuns de pop”, diria Michael, em entrevista de 1988.
A esperada sequência acabou se mostrando decepcionante. Listen Without Prejudice Vol. 1 vendeu pouquíssimo nos Estados Unidos e levou o britânico aos tribunais contra a Sony, sob acusação de falta de apoio artístico.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Faith:
Fontes e +MAIS: