Há 60 anos… dia 4 de outubro de 1957.
“Até dois dias atrás, esse som nunca tinha sido ouvido na Terra. De repente, se tornou parte da vida do século 20, a exemplo do aspirador de pó. É um indício da mais distante fronteira do Homem, um sinal de rádio transmitido pelo satélite soviético Sputnik”.
Na voz do âncora da CBS News, o assombro pelo primeiro satélite artificial enviado ao Espaço com êxito, o Sputnik 1. Em cirílico, Спутник-1, o “Satélite-1”.
Exatas seis décadas atrás, a hoje icônica esfera de aproximadamente 58,5 cm de diâmetro e quase 84 kg de peso, com quatro grandes hastes grudadas, se mandou ao desconhecido, a uma velocidade de 29 mil km/h.
Começava um dos mais palpitantes capítulos da Guerra Fria, a Corrida Espacial, que teve ápice no mítico ato de Neil Armstrong na superfície da Lua, o tal do “pequeno passo para o Homem, salto gigantesco para a humanidade”.
Se o jogo se iniciou ali, a União Soviética abriu o placar com um belo gol.
Ideia de um grupo de engenheiros sob liderança de Sergei Korolev, o Sputnik começou a nascer no princípio da década de 1950. Em 1954, Korolev recebeu a responsabilidade de produzir o primeiro míssil balístico com alcance intercontinental, algo que pouco lhe interessava.
Um ano mais tarde, conseguiu o que queria: conceber um satélite artificial para explorar o cosmos. Era uma resposta dos soviéticos ao sonho americano de botar com sucesso um satélite em órbita, em celebração ao Ano Geofísico Internacional (1957).
Testes com um parrudo objeto de 1 tonelada deram em fracasso, claro. Depois de muitos ajustes, a equipe de Korolev simplificou as coisas e chegou ao “satélite simples”, o Sputnik.
E tudo valeu a pena naquele 4 de outubro de 1957, quando o míssil balístico R7 partiu da base de Baikonur, no Cazaquistão, transportando o globo semelhante a uma bola de basquete para o Espaço.
E você sabia que o termo “beatnik” tem inspiração no satélite soviético?
Pois é.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
O lançamento:
Reportagem da CBS:
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