Há 50 anos… dia 25 de setembro de 1967.
Strange Days é composto das “sobras” do explosivo debute, lançado em janeiro.
Consolida a banda de Jim Morrison, Ray Manzarek, Robby Krieger e John Densmore como a “mais pesada da América”, como escreveu o crítico Robert Christgau, na Esquire.
Não há nada de novo no front e isso é ótimo. É “só” a música teatral e original do Doors, com as teclas espaciais de Manzarek, a guitarra blueseira de Krieger, a bateria inventiva de Densmore e, claro, a sexualidade de Morrison.
Quase trinta e cinco minutos de essência da banda.
Das 10 faixas, destaques óbvios para os hits “Love Me Two Times”, com assinatura de Krieger, e “People are Strange”, escrita por Morrison no término de uma depressão. Este escriba recomenda a suingada “Moonlight Drive” e a canção final, “When the Music’s Over”, uma odisseia sonora de quase 11 minutos.
Ou o epílogo da tragédia grega, como pontua e compara a resenha da Rolling Stone à época:
“É preciso pensar no Doors com o viés teatral, mais do que musical. O álbum inteiro, as músicas individuais e especialmente a faixa final são construídos nas cinco partes da tragédia. Como o drama grego, você sabe quando a música acabou porque há catarse. E, como sugere o Doors na música de encerramento, ‘When the Music’s Over’, você ‘apaga a luz’”.
Olha, eu até achei que tinha mais a escrever, mas não tem. Se você gosta do bom e velho, som na caixa, porque Strange Days é rock dos bons.
O terceiro álbum, Waiting for the Sun, seria lançado em 1968.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Strange Days:
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