Há 60 anos… dia 24 de setembro de 1957.
Seis décadas atrás, Dwight Eisenhower fez pronunciamento para a nação americana. Na pauta, a decisão de enviar tropas sob ordens federais para Little Rock, Arkansas, no dia seguinte. O motivo: garantir a presença de 9 estudantes negros em uma escola pública daquele município. Os estertores de uma crise que se arrastava havia meses.
“Boa Noite, caros cidadãos, por alguns minutos esta noite, eu quero falar com vocês sobre a situação séria que surgiu em Little Rock. Para esta conversa, vim ao escritório do presidente na Casa Branca. Poderia ter falado de Rhode Island, onde fiquei recentemente, mas senti que, ao falar da casa de Lincoln, de Jackson e de Wilson, minhas palavras trasmitiriam melhor tanto a tristeza que sinto na ação que fui obrigado hoje a tomar e quanto a firmeza com que pretendo seguir este curso até que as ordens do Tribunal Federal de Little Rock possam ser executadas sem interferências ilegais”, iniciou o discurso o presidente dos Estados Unidos.
No Estadão de 25 de setembro, a repercussão da ação do mandatário americano estava estampada na capa:
“WASHINGTON, 24 (AFP) – Pela primeira vez, desde a guerra da Secessão, tropas federais intervêm num Estado soberano da União, para fazer prevalecer a lei federal. Teme-se que dessa decisão resultem graves consequências. O governador Faubus, do Estado de Arkansas, que chegou a mobilizar a Guarda Nacional para impedir a integração racial, considera-se o senhor absoluto da ordem em seu Estado e afirma que ‘as consequências serão graves’, se Washington intervier sem seu consentimento”.
A enérgica ação de Eisenhower garantiu a guarida dos estudantes. No dia seguinte, eles puderam frequentar, pela primeira vez, a escola. Não sem agressões verbais e psicológicas de boa parte dos colegas brancos, contrários à presença dos 9 ali.
Em 1999, o presidente Bill Clinton, nascido exatamente em Little Rock, homenageou os estudantes com a Medalha de Honra.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Imagens de Eisenhower na época:
Fontes e +MAIS:
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