Há 40 anos… dia 23 de junho de 1977.
Em meados da década de 1960, por volta de 1966, mais ou menos, quando os Yardbirds já estavam minguando, Jimmy Page teve o sonho de formar um supergrupo.
Nas guitarras, ele e Jeff Beck. No baixo, John Entwistle. Na bateria, Keith Moon. Uma banda de outro planeta, de fato!
Como todo mundo sabe, o sonho nunca se realizou. O único fruto desta utopia foi a ideia do nome para a futura banda de Page, um tal de Led Zeppelin. Uma piração da dupla do Who, especialmente de Moon (leia mais aqui e no link da Wikipedia, abaixo).
Eis que, dez anos depois, a quimera virou realidade. Bem, ao menos 50% dela!
Em 23 de junho de 1977, Keith Moon tocou com o Led Zeppelin e tornou concreto parte do antigo desejo de Page.
“Parte não, né, ô éfemello? Led + Moon é muito mais do que um sonho, bicho!”.
Pois é.
Foi uma amostra diminuta e efêmera. Porém, memorável, histórica.
Irreverente, o baterista do Who irrompeu em cena e pôs a plateia em delírio. Então, foi para seu habitat, ao lado de John Bonham (Moon e Bonham, juntos. Meu deus!). Com um tímpano e outros instrumentos de percussão, fez dueto com Bonham em “Rock and Roll”, “Moby Dick” e também em “Whole Lotta Love”. Generoso, “Bonzo” deixou o ídolo comandar a bateria por alguns minutos.
Depois, Moon ainda assumiu o microfone, enquanto Robert Plant brincava com a bateria. Falou algumas coisinhas até ser interrompido pelo vocalista do Led, que o apresentou, oficial e cerimoniosamente. Como se precisasse!
Sensacional.
O inigualável Keith Moon partiria pouco mais de um ano depois, em 7 de setembro de 1978.
Mas essa (trágica) passagem fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Em tempo: vale ler a crítica do Los Angeles Times sobre aquele show, assinada por Robert Hilburn. Primeiro parágrafo: “Quando Keith Moon transformou o solo obrigatório de John Bonham em uma fantástica noite de quinta-feira no Fórum Inglewood, ofereceu uma oportunidade conveniente para refletir sobre a hierarquia das clássicas bandas inglesas dos anos 60.”
Trechos da noite histórica:
“Moby Dick”:
Fontes e +MAIS:
Caro Gustavo,
Sem palavras…! Só agradecimentos! 🙂
Faço o blog com muito amor e paixão e é de encher os olhos quando o leitor percebe isso!
Muito obrigado, de verdade!
Fique com a gente!
Grande abraço,
Fernando.
Efemello, gosto muito de seus textos. Mas alguns, como este, são de arrepiar. Arrancam sorrisos e nos fazem sonhar. Muito obrigado!